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PDT adia posição sobre governo Elmano. "Não vai ter uma unidade", admite dirigente
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PDT adia posição sobre governo Elmano. "Não vai ter uma unidade", admite dirigente

|GOVERNO DO CEARÁ| Maior partido do Ceará em número de deputados e de prefeituras está dividido sobre ser governo ou oposição no Estado
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 Pedetistas se reuniram na sede do partido (Foto: Samuel Sebutal/Especial para O Povo)
Foto: Samuel Sebutal/Especial para O Povo  Pedetistas se reuniram na sede do partido

Após mais uma reunião para definir os rumos da legenda do Estado, o PDT manteve a indefinição se será base do governador Elmano de Freitas (PT). Nesta quinta-feira, 23, parte da bancada municipal e a maioria dos deputados estaduais e federais foram chamados para reunião na sede do partido, em Fortaleza. Depois de mais de duas horas de diálogo, a questão ainda é um ponto visto incerto e demandará outra reunião na próxima semana.

A unanimidade sobre a posição, no entanto, não está no horizonte do presidente estadual da legenda, o deputado federal André Figueiredo. "Temos um caminho a percorrer. O PDT não vai ter uma unidade, um posicionamento, com relação ao governo do Estado", afirmou após a reunião.

Ele diz ainda que a legenda vai respeitar "quem pensa de forma diferente assim como no processo eleitoral de 2022". Ele considerou que o encontro foi "normal" dentro de um partido que tem posições divergentes.

O PDT vem enfrentando turbulências desde o racha com o PT durante o período eleitoral no ano passado, acentuado com a vitória em primeiro turno de Elmano. Agora, na Assembleia Legislativa, 10 parlamentares aderiram à base e já deram indicativos que devem votar junto com os governistas, como aconteceu na semana passada, na aprovação do pacotão de mensagens do governador, entre elas, o aumento do ICMS, tema considerado espinhoso.

Na conta, entra Romeu Aldigueri, escolhido como líder do governo na Casa. Outros três integrantes do partido estão no secretariado estadual. Na via contrária, estão três parlamentares que têm feito oposição, ligados ao ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio. Presidente municipal do partido, ele vem fazendo oposição ao governo.

A lista de indefinições dentro do partido aumentou ainda mais com a falta de consenso quanto ao nome de quem vai assumir as vice-lideranças na Assembleia. Guilherme Landim deve ser reconduzido para a liderança, mas as demais posições na bancada são alvo de disputa.

"Apesar de ter uma unanimidade em torno do Guilherme Landim para ser o líder, mas os dois vice-líderes não conseguimos chegar em um consenso, nós deixamos para resolver tudo em uma reunião só, que será na próxima quinta", explicou Figueiredo.

Um dos cabeça da legenda, o senador Cid Gomes é defensor da ala dos pedetistas entrem de vez no governo. "Manifestando meu desejo que, passada a eleição, passada a divisão, a gente pudesse se recompor, eu estou coerente como fui a vida toda. Quando eu comecei minha vida política, em uma candidatura majoritária, fui aliado do PT", ressaltou. Ele frisou a linha de mão dupla entre PT e PDT nas gestões passadas dele e de Camilo Santana (PT), diante de um "projeto comum" e com confiança.

O senador fez ainda correlação entre os parlamentares que foram a favor da Taxa do Lixo em Fortaleza, mas criticaram a proposta enviada pelo governador de aumentar o ICMS. "Você não pode nessas horas criticar. Diz que o (prefeito José) Sarto está certo e quando o Elmano faz, para recompor receita, criticam".

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