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PF descobriu possível plano para matar Lula no dia da posse, diz Dino
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PF descobriu possível plano para matar Lula no dia da posse, diz Dino

|INVESTIGAÇÃO| Atentado estaria sendo planejado para o dia da posse. Envolvidos foi preso acusado de planejar ataque em aeroporto
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Atentado teria sido planejado para dia da posse de Lula (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil Atentado teria sido planejado para dia da posse de Lula

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, revelou que a Polícia Federal descobriu a existência de um plano para matar com um tiro de fuzil o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na cerimônia de posse, em Brasília, no dia 1º de janeiro. A declaração foi dada em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo.

De acordo com o ministro, a PF identificou que atentado teria sido planejado por troca de mensagens. Um dos envolvidos era o bolsonarista radical George Washington de Oliveira Sousa, acusado arquitetar um ataque a bomba no Aeroporto da Capital Federal dias antes do petista assumir a presidência. Ele está preso desde o dia 24 de dezembro.

"Esse cidadão que está preso, da bomba, do aeroporto, ele estava fazendo treino e obtendo instruções de como dar um tiro de fuzil de longa distância. Havia atos preparatórios para a execução de um tiro que ia ser um tiro no dia da posse de Lula", afirmou Dino. Além da prisão de Washington, a PF apreendeu uma arma de longa distância com um outro bolsonarista radical no dia 29 de dezembro.

O homem, natural de Caruaru (PE), divulgava vídeos nas redes sociais ameaçando atirar em Lula no dia da posse. "Subir a rampa ele sobre, só não sei se termina", disse o extremista em uma das gravações.

Por causa das ameaças recentes, Dino ressaltou que os cuidados com a segurança de Lula são maiores. A proteção imediata, que antes cabia ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI), foi transferida a um núcleo especial formado por servidores de carreira da PF.

A posse de Lula foi cercada de tensão e não teve a presença do antecessor, Jair Bolsonaro (PL), que deixou o Brasil em 30 de dezembro. No exercício do cargo até o fim do mandato, o vice-presidente Hamilton Mourão tampouco passou a faixa presidencial.

Diante de atos violentos e de vandalismo nos dias anteriores, e que chegariam ao ápice em 8 de janeiro, o presidente recebeu a orientação da Polícia Federal para vestir colete à prova de bala e usar carro blindado, no lugar do tradicional Rolls-Royce, no desfile pela Esplanada dos Ministérios. Pelo menos a orientação sobre o carro não foi seguida — lula usou o Rolls-Royce.

Havia mil policiais federais, 300 policiais civis e 150 integrantes do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal mobilizados.

Minutos antes do início da cerimônia, a Polícia Federal abateu um drone que sobrevoava a Esplanada dos Ministérios e invadiu o espaço aéreo próximo à Catedral Metropolitana de Brasília.

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