Os deputados estaduais Queiroz Filho (PDT) e Antônio Henrique (PDT), citados pelo senador Cid Gomes (PDT) durante passagem na Assembleia Legislativa na última quinta-feira, 2, reforçam que não irão integrar, pelo menos no atual momento, a base do governador Elmano de Freitas (PT) no parlamento estadual.
Durante cerimônia de posse do suplente Antônio Granja (PDT) no Legislativo, Cid minimizou peso do grupo que defende que o partido integre a oposição. Atualmente, apenas 3 dos 13 deputados estaduais petistas - Cláudio Pinho, além de Antônio Henrique e Queiroz Filho - defendem esta tese oposicionista.
"Dez defendem o governo. (...) tem uns três ou dois independentes... Aliás, o que eu digo é o seguinte, com toda sinceridade: tem um que, por fidelidade, está nessa linha de oposição. Um (outro deputado) diz assim: 'O que vocês resolverem, por mim, está definido'. Esse está delegando ao partido. E o outro já me disse que não quer ser oposição", disse Cid.
Questionados sobre qual dos três "papéis" citados por Cid eles se enquadrariam, Queiroz foi mais direto: "O da oposição". "Por isso também estamos pedindo aqui, por parte do partido, para que a gente possa apresentar o projeto que a gente crê e acredita, que é de fazer uma oposição construtiva. Acho que é até importante para o governo", disse, embora faça a ressalva de não ter tratado do assunto com o senador.
Já Antônio Henrique falou: "Base eu não sou". Ele elabora a tese: "Não vejo nenhum motivo para a gente, após uma derrota, já 'se chegar' em um projeto que não era o nosso. Talvez eu me encaixe aí (entre os papéis citados por Cid), não por eu ter dito isso, naquele que está seguindo a linha do partido", diz.
"Eu não me lembro em nenhum momento ter falado algo, a ele ou outra pessoa, que seria oposição, que seria independente, uma coisa ou outra", apontou.