Para Emanuel Freitas, professor de Teoria Política da Universidade Estadual do Ceará (Uece), a forte presença de propostas de caráter religioso já no início da legislatura aproveita um gancho eleitoral de 2022.

"Essa pressa tem a ver com o fato de que saímos de uma eleição nacionalmente muito dominada pela temática religiosa. Eles aproveitam que o segmento é relevante, capaz de mobilizar coletividade, e não querem deixar essa oportunidade de se evidenciar passar", analisa o pesquisador.

Além disso, o professor considera existir disputa interna entre esses atores.

"Há uma questão, também, para ver quem é o mais religioso. Temos uma disputa externa desses grupos, frente à sociedade e sobretudo aos grupos que defendem pautas mais progressistas, mas dentro do segmento evangélico existem aqueles que querem se mostrar mais atuantes", explica.