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Bancada deve escolher Eduardo Bismarck para coordenação
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Bancada deve escolher Eduardo Bismarck para coordenação

| Congresso | Grupo se reúne para definir novo nome responsável por encaminhar discussão sobre emendas, rateio e destinação
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EDUARDO Bismarck deve ser confirmado hoje como coordenador da bancada cearense (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)
Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados EDUARDO Bismarck deve ser confirmado hoje como coordenador da bancada cearense

A bancada cearense no Congresso deve escolher hoje o deputado federal Eduardo Bismarck (PDT) como novo coordenador do colegiado. A reunião do grupo está prevista para o meio da tarde.

Nome de trânsito fácil entre as forças políticas, Bismarck agrupava, até a semana passada, 17 de 25 apoios possíveis, somando-se deputados e senadores.

O número é suficiente não apenas para ungi-lo na função, mas também para aprovar sugestões de alterações no Orçamento do Executivo encaminhadas pela bancada.

Em conversa com O POVO, o pedetista já havia dito que iria procurar entendimento com PT e PP, as duas únicas siglas que, segundo ele, ainda não estariam a seu lado. A ideia era chegar a consenso para evitar disputa
direta no voto.

Bismarck enfatizou ainda que seria importante haver diálogo com o PT, de modo que o partido pudesse integrar o bloco e não prejudicar demandas do governador Elmano de Freitas, que não tem participado das articulações para a definição dessa liderança.

A principal atividade do coordenador de bancada é o manejo de emendas obrigatórias, cujo valor pode chegar a R$ 300 milhões em 2023. Entre suas atribuições, está a de tentar arbitrar conflitos que possam surgir no rateio e destinação dos valores, como costuma ocorrer.

Antes também cotada para a função, a deputada federal Luizianne Lins (PT) retirou seu nome da mesa na véspera do encontro para sacramentar a nova coordenação, a cargo do deputado federal Júnior Mano (PL).

Sem a parlamentar no páreo, a eleição de Bismarck não deve enfrentar dificuldades por causa de outros interessados na tarefa.

Em nota enviada à reportagem pela assessoria de imprensa nessa segunda, 13, Luizianne afirmou que seu nome "não está colocado a coordenadora da bancada do Ceará".

Em meados de fevereiro, a petista defendeu que o posto de coordenadoria da base congressual do Ceará fosse costurado mediante acerto entre os 22 deputados e os três senadores.

Líder do Governo na Câmara, o deputado federal José Guimarães (PT) chegou a declarar que, se houvesse concorrência pelo espaço, estaria ao lado da correligionária, mas que trabalharia para contornar atritos entre postulantes do próprio partido e do PDT.

Embora a eleição para a vaga seja conduzida sem acidentes, neste ano a manifestação de interesse tanto de Bismarck quanto de Luizianne opôs parlamentares de agremiações que, no âmbito estadual, vêm travando uma queda de braço.

Havia receio entre congressistas de que os enfrentamentos locais contaminassem a escolha, que prevê um rodízio de um ano para que outros partidos sejam contemplados. É o caso, por exemplo, do União Brasil, presidido pelo ex-deputado federal Capitão Wagner.

Em entrevista à reportagem no dia 4 de março, o hoje secretário de Saúde de Maracanaú tinha assegurado voto em Bismarck como parte de um acordo para que a coordenação em 2024 ficasse com o União, num arranjo no qual entraria também o PSD.

"O União Brasil deve apoiar neste primeiro momento o nome do Eduardo Bismarck para este ano", declarou Wagner naquela ocasião.

O dirigente explicou então que "há um acordo para, no ano que vem, ser um coordenador do União Brasil, no ano seguinte do PSD e assim uma sequência, para fazer um rodízio".

Wagner justificou que o "coordenador tem que ter uma boa relação com Governo do Estado, com Governo Federal e com a bancada".

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