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Secretários de Educação criticam atraso no Novo Ensino Médio
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Secretários de Educação criticam atraso no Novo Ensino Médio

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O Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) criticou a suspensão do cronograma de adaptação do novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), confirmada ontem pelo ministro da Educação, Camilo Santana.

O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu adiar os prazos de mudança do Enem, uma das fases da reforma, mas não fala em revogação completa. A mudança da prova, cujo formato ainda não estava definido, era prevista para 2024.

"Para o Consed, suspender o cronograma traz um risco de atraso que, no limite, pode até inviabilizar o novo Enem no próximo ano", diz a entidade, em nota oficial.

O governo vem sendo pressionado por entidades estudantis, associações educacionais e até por aliados do próprio PT a rever a reforma, aprovada em 2017 na gestão Michel Temer (MDB).

Apesar de haver algumas boas experiências, hoje são muitos os problemas. Há itinerários com propósito duvidoso a aumento da desigualdade, com poucas e rasas opções de currículos para alunos pobres.

Em nota, o Consed lembra que há consulta aberta pelo Governo Federal sobre a reforma e, portanto, seria importante que qualquer decisão relacionada ao tema fosse tomada somente após a finalização da consulta.

"Ademais, o trabalho do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) para realização do novo formato das provas em 2024 não impede nem inviabiliza a consulta. No entanto, sua eventual suspensão pode comprometer o cumprimento do cronograma do Novo Enem", afirmou o conselho.

Ainda segundo o Consed, é importante lembrar que o novo Enem foi constituído após longo debate em grupo de trabalho com a participação das redes estaduais, do Ministério da Educação, do Inep, e também do Conselho Nacional de Educação.

 

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