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Dino defende CPMI para a "vitória da verdade" e diz que "Satanás" criou a fake news
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Dino defende CPMI para a "vitória da verdade" e diz que "Satanás" criou a fake news

| Em Fortaleza | Ministro cumpriu a primeira agenda no Ceará como titular da Justiça e Segurança Pública
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Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública (Foto: AURÉLIO ALVES)
Foto: AURÉLIO ALVES Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, defendeu nesta quarta-feira, 26, a abertura da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que vai apurar os ataques às sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro para “vitória da verdade". Ao celebrar a decisão judicial que suspendeu a rede social Telegram, o ministro também que o "Satanás" criou a fake news, .

Ao lado do governador Elmano de Freitas (PT) e integrantes da base governista do Ceará, o ministro participou do lançamento do Programa Nacional de Segurança Pública e Cidadania (Pronasci) no Palácio da Abolição. O evento foi a primeira agenda de Dino no Estado como ministro.

“As redes sociais foram inventadas pela inspiração de Deus como tudo de bom que a humanidade tem. É o Satanás que inventou o grupo de Whatsapp. O Satanás inventou a fake news. O Satanás inventou o político que se elege com fake news. Satanás inventou o político que acredita que a internet é brincadeira”, disse o ministro em discurso no evento que reuniu deputados, secretários e autoridades dos órgãos de segurança.

O ministro avaliou que há uma formalização da desinformação como um “negócio” e que há a obtenção de “dinheiro, votos e poder”. “Essa gente é perigosa, essa gente mata. E mentira mata. Quem faz da mentira profissão é um homicida, um genocida. É preciso falar com firmeza com essa gente. Essa gente está aí nesse negócio de internet obtendo dinheiro, votos e poder”, ressaltou.

A fala ocorreu após Dino celebrar a decisão da Justiça após a plataforma Telegram não entregar à Polícia Federal todos os dados sobre grupos neonazistas no app pedidos pela corporação. O ministro avaliou que a rede social estaria “abrigando” grupo neonazista, que teria como uma das discussões “ideologia da morte e do ódio” no meio da juventude.

“E isso tudo está conectado com as tragédias cotidianas que nós vemos. Esse combate é necessário porque a violência hoje se espalha nos nossos lares com nome invisível”, afirmou.

Mais cedo, em coletiva, o ministro afirmou que abertura da CPMI vai apurar atos golpistas do 8 de janeiro e vai “certificar, atestar e sublinhar e frisar aquilo que todo mundo já sabe”, defendendo que as instituições foram vítimas. Dino voltou a repetir que a CPMI vai “possibilitar que pessoas que hoje estão nas sombras sejam trazidas ao holofote”.

“A verdade dos fatos é cristalina. O Poder Executivo, o Poder Judiciário e o Legislativo foram vítimas de um ataque criminoso, vândalo, terrorista, reprovável, no dia 8 de janeiro. E acho que a CPMI também vai possibilitar que pessoas que hoje estão nas sombras sejam trazidas ao holofote para que aquilo que a PF já sabe, que o Poder Judiciário já sabe”, disse.

E seguiu: "A CPMI, tenho certeza, será mais uma vez a vitória da verdade sobre a mentira, mais uma vez a vitória da luz sobre as trevas e a democracia vai prevalecer. Ao final o relatório da CPMI vai para onde? Exatamente para o Poder Judiciário, que é quem julga".

O ministro foi perguntado sobre o depoimento de Jair Bolsonaro (PL), à Polícia Federal na manhã desta quarta-feira. Dino disse não ter tido conhecimento prévio do teor do depoimento e as alegações do ex-presidente de estar sob efeito de medicamentos quando compartilhou vídeo em que questões as eleições.

"Eu não tenho nada para comentar seu uso de medicamento porque realmente nem tinha conhecimento e realmente não tenho informação médica de dizer se esse medicamento explica ou não as suas atividades. É algo que com certeza a Comissão Parlamentar de Inquérito e o Poder Judiciário irão examinar", afirmou.

Confiança de Lula em Elmano Camilo

Dino disse que há um "símbolo de confiança" garantido pelo governo federal da gestão Lula com o Ceará. Ele disse ter "certeza" de que o governador Elmano deve superar seu antecessor, Camilo Santana, no comando da segurança cearense

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