Depois de 13 anos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a participar das comemorações do Dia do Trabalhador. Ele afirmou que fará mais neste terceiro mandato, até 2026, do que nos dois mandatos anteriores. "Estamos nos primeiros quatro meses de governo e eu quero provar que nesses próximos quatro anos, vamos fazer muito mais do que eu fiz", disse Lula, durante o ato de 1º de maio organizado pelas centrais sindicais em São Paulo.
E complementou: "Vamos mudar este País porque a economia vai voltar a crescer e gerar mais empregos. Vou fazer por compromisso com as pessoas que ralam o dia inteiro. Vou fazer mais que em meus primeiros mandatos por compromisso ao povo trabalhador."
A organização do evento estima que 40 mil pessoas participam do ato no Vale do Anhangabaú. O evento unificado de 1º de maio é organizado pelas centrais sindicais CUT, Força Sindical, CTB, UGT, Intersindical Classe Trabalhadora, CSB, Nova Central e Pública.
A política de juros do Banco Central (BC) foi o alvo principal dos discursos das centrais sindicais e do presidente. Sem citar o presidente do BC, Roberto Campos Neto, Lula disse que não se pode "viver em um País onde a taxa de juros não controla a inflação, controla o desemprego".
Além de tratar do aumento anunciado do salário mínimo a R$ 1.320 e da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 2.640, Lula disse ter a intenção de regulamentar o trabalho em aplicativos. A jornalistas, o ministro Luiz Marinho afirmou que, em um primeiro momento, o governo vai avaliar a regulação dos trabalhadores mais vulneráveis de aplicativos, como os entregadores, por estarem sujeitos a acidentes e mortes.