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Cid Gomes diz ter "zero plano" de deixar PDT e manifesta desejo de presidir partido
Politica

Cid Gomes diz ter "zero plano" de deixar PDT e manifesta desejo de presidir partido

O desejo, segundo ele, seria o sentimento "majoritário" dos quadros da legenda no Ceará. Cid também elogia o irmão Ciro: "Enquanto tiver disposição, será liderança a ser olhada"
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FORTALEZA, CE, BRASIL,05.05.2023: Consórcio Nordeste, Centro de Eventos. (Foto: FÁBIO LIMA)
Foto: FÁBIO LIMA FORTALEZA, CE, BRASIL,05.05.2023: Consórcio Nordeste, Centro de Eventos.

Cid Gomes manifestou ontem o desejo de presidir o PDT, cargo hoje ocupado pelo deputado federal cearense André Figueiredo. O senador negou que tenha plenos de deixar o partido e defendeu a permanência de todos os atuais quadros da legenda no Ceará.

"Tenho a pretensão de vir a presidir o partido. Quem tem essa motivação, não está pensando em sair do partido", ressaltou. O desejo, segundo ele, seria acompanhado de ser representante do sentimento "majoritário" dos quadros da legenda.

Cid vem defendendo publicamente a retomada da aliança do PDT com o PT, rompida após o processo eleitoral de 2022. O senador tem demonstrado também insatisfação pela falta de resolução sobre uma possível adesão ao Governo Elmano de Freitas, integrando a base na Assembleia Legislativa (Alece).

"Zero planos (de sair), ao contrário, cada dia mais eu estou motivado no PDT. Ocupo hoje a liderança do PDT no Senado, feliz, animado, entusiasmado com essa responsabilidade. Tenho desejo, não por vaidade pessoal, mas eu acho que hoje eu represento o sentimento majoritário do PDT aqui no Ceará em relação ao assuntos cearenses. Tenho a pretensão de vir a presidir o partido. Quem tem essa motivação, não está pensando em sair", ressaltou em entrevista no encontro do Consórcio Nordeste, em Fortaleza.

Cid justificou que a recente saída do prefeito de Aracati, Bismarck Maia, para a presidência do Podemos, foi um "sacrifício" para aproximar mais uma legenda do "arco de alianças" do grupo. Ele relembrou a saída do secretário de Cidades, Zezinho Albuquerque, hoje principal líder do Progressistas, que aproximou os grupos políticos.

Apesar da saída de Bismarck, o pedetista defendeu a permanência dos demais filiados da legenda. Dentro do partido, há um clima de insatisfação, especialmente dos deputados estaduais, como o presidente da Alece, Evandro Leitão. O deputado recebeu convite público para migrar para o PT e seu nome tem sido defendido por alas petistas para ser cabeça de chapa pela legenda em 2024.

"No que depender de mim, todos os quadros do PDT ficarão no PDT. Se a gente conseguir trazer mais alguns, será meu esforço. [...]De alguma forma, você perde um quadro para trazer uma sigla partidária, um conjunto de outras pessoas. Nada de novidade, tá dentro do nosso esforço histórico", disse.

E acrescenta: "Tem muita coisa que não é conforme eu desejo, as minhas opiniões sobre isso são públicas, todo mundo sabia que eu defendia a manutenção da aliança com o PT para o processo eleitoral do ano passado. Fui voto vencido. Respeitei calado essa decisão".

A fala remete ao período eleitoral do ano passado em que Cid e o irmão, o ex ministro e presidenciável, Ciro Gomes (PDT) ficaram de lados opostos na disputa pelo Governo do Ceará. O senador queria seguir com a união com o PT, enquanto Ciro foi o principal fiador da candidatura de Roberto Cláudio (PDT), o que intensificou o racha entre as legendas.

Cid voltou a elogiar publicamente o irmão, apesar de manter a posição de se resguardar a comentar a relação pessoal entre os dois, diante de especulações que o diálogo segue estremecido após divergências no último pleito.

"A relação pessoal, eu não discuto em público. A minha admiração, o meu reconhecimento de que eu tenho a liderança do Ciro, o papel que ele teve, tem e terá de liderança para o Brasil. Você não enche a mão com cinco nomes de pessoas que sejam lideranças políticas e sejam verdadeiramente comprometidas com o futuro diferente do País, que o Ciro não possa estar", pontuou. (colaborou Filipe Pereira)

 

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