Embora tenha a participação da Prefeitura, o processo de ouvir a população para a revisão do Plano Diretor de Fortaleza é conduzido por duas empresas fundidas em consórcio que ganhou a licitação municipal. Formado pelas empresas Quanta Consultoria e a Gênesis Consultoria e Assessoria, o consórcio recebeu o valor global de cerca de R$ 5,8 milhões para a realização de todas as etapas da revisão do plano diretor.
Isso contempla a proposição de políticas em áreas como meio ambiente e do desenvolvimento urbano sustentável, desenvolvimento social e econômico e inclusão que resultará na Lei do Plano Diretor Participativo e na Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo. A adoção de uma mediação é permitida na legislação e o grupo segue o plano de trabalho aprovado pelo núcleo gestor de revisão do plano.
O núcleo tem 30 representantes do poder público e 30 da sociedade civil. O colegiado conta com entidades como a Associação Beneficente O Pequeno Nazareno, Câmara dos Dirigentes Lojistas de Fortaleza (CDL), Associação das Mulheres em Movimento (Amem), Greenpeace Fortaleza e as Zeis do Lagamar e do Bom Jardim.
Uma das empresas é do Ceará e a outra de Pernambuco, o que exige que a população explique algumas dinâmicas e locais da cidade, como constatado em um dos fóruns. "As pessoas que estão na coordenação boa parte não são daqui do Ceará. A nossa visão é que eles têm muita boa vontade e compromisso, mas deixam a desejar no planejamento. O consórcio no geral atua nos fóruns territoriais, mas realmente falta o conhecimento orgânico", ressalta a vereadora Adriana Geronimo (Psol).
Manuela Nogueira, titular da Coordenadoria Especial de Programas Integrados, ressalta que os técnicos da Prefeitura têm acompanhado de perto cada etapa e que há muitos funcionários do consórcio que são de Fortaleza. "Ao contrário, tenho escutado muitos elogios (por parte da população), eles têm dado apoio técnico na realização dos eventos e nos produtos até a gente chegar na fase final que vai enviar produto para a Câmara. Caso o profissional não seja de Fortaleza, a escuta da comunidade é feita trabalhando com os técnicos Seuma e do Implahor.