O senador Marcos do Val (Podemos-ES) anunciou que iria apresentar um pedido de licença da atividade parlamentar. Nesse caso, será substituído pelo senador Marcos Rogério (PL-RO) na CPMI que investiga os atos de 8 de janeiro.
Nessa quarta-feira, 21, a assessoria de imprensa de Marcos do Val divulgou nota comunicando que o parlamentar pediria licença do Senado por orientação médica.
"Na noite da terça-feira, 20 de junho, o senador Marcos do Val teve um mal-estar em seu gabinete e foi atendido pelo serviço médico do Senado Federal. Na ocasião, foi aconselhado pela junta médica a licenciar-se imediatamente das suas atividades parlamentares e cuidar de sua saúde. Enquanto o senador estiver licenciado, o seu gabinete continuará aberto e funcionando normalmente", diz a nota divulgada pela assessoria do senador.
Na segunda-feira, 19, o parlamentar discursou no Plenário e apresentou sua defesa em relação às acusações feitas em investigação da Polícia Federal.
O senador Eduardo Girão (Novo-CE) se solidarizou Marcos do Val. Em pronunciamento ontem, o parlamentar cearense afirmou que o colega está sendo "vítima do sistema" e sofrendo uma "enorme pressão" após operação de busca e apreensão determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Para o parlamentar, a decisão do ministro teve "quatro arbitrariedades". Entre elas, Girão destacou o fato da busca e apreensão ter ocorrido no gabinete do senador no Congresso Nacional, ambiente que é "protegido pela Constituição como um Poder completamente independente em relação ao STF e ao Poder Executivo". (Agência Senado)