Desde a campanha eleitoral de 2022, o então candidato a governador Elmano de Freitas (PT) definiu um tripé de investimentos iniciais: combate à fome, mutirão de cirurgias eletivas e passe-livre no transporte público da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).
Passados quase seis meses de governo, as duas principais colunas desse tripé já estão fixadas, enquanto a terceira (o passe-livre) segue em fase de estudos. No último dia 11, o governador lançou oficialmente o Pacto por um Ceará Sem Fome, ação que implementa um benefício de R$ 300 por mês para mais de 40 mil famílias de baixa renda do Ceará e com previsão de um investimento anual superior a R$ 160 milhões. O evento reuniu dezenas de prefeitos e contou com a presença do ministro Wellington Dias (Desenvolvimento Social).
Outra frente do programa de combate à fome é a abertura de cozinhas comunitárias que criarão uma rede de produtores de refeições com previsão de fornecimento de até 100 mil refeições por dia. O governador disse que o foco da gestão é fazer com que o Ceará seja o primeiro, entre os estados brasileiros, a sair do mapa da fome.
Na saúde, a gestão Elmano iniciou em abril o prometido mutirão estadual para realização de cirurgias eletivas, com previsão de 30 mil cirurgias e investimento inicial de R$ 135 milhões. À época, Elmano e a secretária da saúde, Tânia Mara Coelho, acompanharam os primeiros procedimentos que foram realizados no Hospital de São Benedito. No mês passado, o Ministério da Saúde anunciou o envio de R$ 8,6 milhões para o Ceará, verba oriunda do Programa Nacional de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas que servirá para a causa.
Sobre as passagens gratuitas no transporte intermunicipal, a ideia divulgada ainda à época da campanha era de que a medida seria implantada ao longo do primeiro ano de gestão e de forma gradativa. Esta é a frente que ainda não tem datas ou locais de implementação definidos. Em abril, Elmano declarou que estudos estavam sendo feitos, mas voltou a afirmar que a medida seria implementada "ainda neste ano" pelo governo estadual. (Vítor Magalhães)