Em mais uma manifestação sobre a crise do PDT cearense nesta quarta-feira, 5, Cid Gomes (PDT) afirmou que o que considerava mais importante era a fraternidade do irmão mais velho e ex-aliado político, Ciro Gomes (PDT), em relação a ele, que entende ter chegado ao fim.
"Para mim o que havia de mais importante era a fraternidade do Ciro em relação a mim. Pelo visto, está perdida. Pelo visto, está perdida. Bom, vamos pra frente, mas assim, eu continuo na minha disposição firme de entender que problemas familiares se resolvem internamente, se resolvem em família", afirmou o senador.
Cid participou de reunião da bancada federal do Ceará (22 deputados federais e três senadores) com o governador Elmano de Freitas (PT) na Residência Oficial do Estado do Ceará em Brasília.
O pedetista afirmou que não lhe interessa a discussão de assuntos familiares em público. "Divergências na política vão acontecer, isso é normal, não precisa misturar uma coisa com a outra. Uma parcela do PDT da qual o Ciro participa defende que a gente faça oposição ao governo do Estado. Eu defendo que não."
Ele argumentou que a posição defendida não pode ser confundida com uma conduta fisiológica, ou seja, de busca sem critério pelo poder. Para Cid, não há razões para não prestar apoio Elmano, que afirma que sua administração é uma continuação do ciclo iniciado por Cid Gomes (2007-2014) no Ceará, ao qual Camilo Santana (2015-2022) e Izolda Cela (2022) deram sequência.
"O Elmano tem manifestado publicamente o desejo de dar sequência a esse projeto. Por que é que eu vou ser contra? Porque o PDT lançou um candidato e o candidato perdeu a eleição? Me perdoe, me perdoe. Se entenderam que aquilo era necessário, vamos olhar para frente agora. Vamos virar a página da eleição", afirmou o ex-governador do Ceará. (colaborou João Paulo Biage, correspondente do O POVO em Brasília)