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Cid: diferenças com Ciro serão resolvidas democraticamente
Politica

Cid: diferenças com Ciro serão resolvidas democraticamente

Crise no PDT. Família Ferreira Gomes
Edição Impressa
Tipo Notícia

O senador Cid Gomes (PDT), recém-empossado presidente estadual do PDT Ceará, comentou as recentes divergências entre o grupo por ele liderado e a ala mais próxima do irmão, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), que racharam o partido no Estado. Cid reforçou entendimento favorável para que o partido componha a base do governador Elmano de Freitas (PT) e disse que eventuais diferenças com o irmão serão resolvidas "no campo da democracia". As declarações foram dadas na última quinta, 13, após reunião do diretório estadual pedetista, em Fortaleza.

"Divergência familiar a gente resolve em casa. Divergências políticas são resolvidas nas instâncias adequadas. Eu tenho uma posição clara de que a gente deve realinhar o PDT a esse conjunto de forças que vem governando o estado ao longo dos últimos 16 anos. Vamos ter, eventualmente, eu vou ter uma posição, e ele (Ciro) outra. Se tivermos essas divergências, elas serão tratadas no campo da democracia, em que o pensamento da maioria deve prevalecer e vamos tocando as coisas".

A ida de Cid para o comando da sigla trabalhista se deu após meses de disputa interna com a ala mais próxima de Ciro, que conta com nomes como o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, o atual prefeito José Sarto, e o deputado federal André Figueiredo, que se licenciou para que Cid assumisse.

A saída de Figueiredo passou pela costura de um acordo que envolve, dentre outros pontos, o apoio de Cid a uma nova candidatura de Figueiredo numa eleição a ser realizada perto do fim deste ano. Cid disse querer trabalhar coletivamente para que a sigla tenha um direcionamento. "Na medida que a gente conseguir dar paz aos nossos filiados, tranquilidade e de alguma forma trazer quadros novos para o PDT, é isso que vai mostrar se o trabalho é eficiente ou não", declarou.

Um grupo de deputados e prefeitos pedia que Cid assumisse o partido para começar a pensar e trabalhar nas articulações envolvendo as eleições de 2024 no Ceará. De acordo com o senador, a antiga direção não representava a vontade da maioria. "Tendências, visões diferentes, têm em um partido e na casa da gente. O importante é que na hora que a família for manifestar a sua decisão, seja uma decisão da maioria. É assim que as coisas acontecem, se não tudo era ingovernável", completou. (VM)

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