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Após pedido de suspeição de juiz, recurso do PL contra cassação de chapa sai de pauta
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Após pedido de suspeição de juiz, recurso do PL contra cassação de chapa sai de pauta

O partido recorre contra a decisão que cassou os quatro deputados estaduais eleitos pelo partido. PL aponta suspeição por ter sociedade com conselheiro de agência reguladora
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Marta Gonçalves, Dra Silvana, Alcides Fernandes e Carmelo Neto podem perder mandatos na Assembleia (Foto: Samuel Setubal/ O POVO, Júnior Pio / Alece e Divulgação)
Foto: Samuel Setubal/ O POVO, Júnior Pio / Alece e Divulgação Marta Gonçalves, Dra Silvana, Alcides Fernandes e Carmelo Neto podem perder mandatos na Assembleia

Foram retirados de pauta no Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) os recursos do Partido Liberal (PL) contra a cassação da chapa de deputados estaduais. Os embargos de declaração estavam na pauta dessa terça-feira da Corte.

Porém, no dia anterior, como revelou O POVO, o presidente do PL no Ceará, o prefeito de Eusébio, Acilon Gonçalves, entrou com declaração da suspeição do juiz Francisco Érico Carvalho Silveira, um dos membros da Corte. Por isso, a relatora, juíza Kamile Moreira Castro proferiu decisão na manhã de terça-feira e retirou de pauta quatro processos conexos.

Com o efeito suspensivo, ela abriu prazo para o juiz Francisco Érico Carvalho Silveira se manifestar.

No pedido de suspeição, Acilon aponta que o juiz é sócio de Rafael Sá em um escritório de advocacia. Rafael é conselheiro da Agência Reguladora do Estado (Arce) e filho do ex-prefeito de Eusébio, Edson Sá, adversário político de Acilon.

Neste sentido, a ação aponta "estreita relação" entre Érico Carvalho e Rafael Sá. “É incontestável, pois, que o senhor Francisco Rafael Duarte Sá possui interesse de projeto político no município de Eusébio, em que Acilon Gonçalves Pinto Junior é prefeito. Logo, não seria ingênuo considerar que a inelegibilidade de Acilon, decorrente dos procedimentos em questão, beneficiará diretamente Rafael Sá, sócio do juiz excepto”, diz a ação.

No caso de a suspeição ser acatada, o suplente é convocado para participar do julgamento no lugar do magistrado questionado.

Cassação da chapa do PL

Em julgamento em 30 de maio, o TRE-CE considerou que houve fraude à cota de gênero na formação da chapa de candidatos do PL a deputado estadual. Com isso, cassou os mandatos dos quatro parlamentares eleitos: Alcides Fernandes, Carmelo Neto, Marta Gonçalves e Silvana Oliveira.

Enquanto há recursos, os parlamentares seguem nos mandatos. Ainda caberá recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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