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Fernanda Pessoa diz que Bia Kicis foi "grosseira" ao mandar polícia retirá-la de sessão
Politica

Fernanda Pessoa diz que Bia Kicis foi "grosseira" ao mandar polícia retirá-la de sessão

Kicis não reconheceu deputada cearense e pediu que colega fosse retirada de comissão. Pessoa confirmou que ficou indignada e que foi constrangedor para todos da comissão, que no momento ouviam a ministra da Saúde Nísia Trindade
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A deputada federal cearense Fernanda Pessoa (União Brasil) (Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados)
Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados A deputada federal cearense Fernanda Pessoa (União Brasil)

A deputada federal cearense Fernanda Pessoa (União Brasil) disse nessa quarta-feira, 9, que gostaria de que a colega Bia Kicis (PL-DF) se retratasse por não ter a reconhecido e ainda ordenado que a Polícia Legislativa retirasse “a senhora de blazer rosa” de uma sessão na Câmara dos Deputados.

“Gostaria que ela se retratasse com as pessoas que estavam na comissão. Não era só a deputada Fernanda, nós estávamos em uma audiência pública, então a forma, o tom da deputada, eu digo que nós somos uma casa legislativa, a gente sabe que cada um pensa diferente um do outro, mas tem que ter respeito”, afirmou em entrevista ao O POVO News.

Fernanda disse que ficou indignada por ter sido destratada pela deputada Bia Kicis, presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados.

“É isso que eu fiquei indignada, porque naquele momento nós estávamos em uma audiência pública, que é o momento de se discutir, momento de conversar, de se trocar ideias. E a ministra Nísia (Trindade, da Saúde), estava falando, se pronunciou muito bem na resposta que ela deu e eu apenas aplaudi. Você não poder aplaudir um ministro, ou qualquer pessoa que esteja lá fazendo sua explanação, é muito constrangedor. Nós vivemos uma democracia”, declarou.

O motivo da ordem incomum foi que Kicis não reconheceu a colega. "Eu estava aqui observando e tem presentes que não são parlamentares. Então, eu vou pedir que se retirem ou a Polícia Legislativa vai ser chamada a conduzir amigavelmente essas pessoas. Por favor, um representante da Polícia Legislativa. Tem uma senhora de blazer rosa ali mexendo no celular. Desculpa, deputada, qual o seu nome? Desculpa, perdão. Me perdoe, deputada eu não identifiquei Vossa Excelência (...) Confundi, peço desculpas à deputada por não ter identificado Vossa Excelência, a senhora pode se pronunciar livremente", disse a deputada do PL.

Após perceber a gafe, Kicis tentou contornar a situação ao explicar que havia assessores e convidados que estavam participando da audiência sem permissão, e que era dever do policiamento do Congresso Nacional conduzi-las para fora. "Peço à Polícia Legislativa que fique atenta e qualquer servidor ou acompanhante de fora que esteja aqui e não seja parlamentar que se retire e seja retirado do ambiente", afirmou.

Questionada se o comportamento da deputada era uma tentativa de invisibilizar parlamentares do Nordeste depois de falas do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), Fernanda Pessoa considera que não seja com tal intenção.

“Não acredito. Eu estava sentada na quarta fileira. Na quarta fileira tinha uma plaquinha que identifica parlamentares. Então eu estava em um local adequado do parlamentar, eu estava com o bottom, tudo o que me identificasse como parlamentar, mas foi um constrangimento não só para a deputada Fernanda, realmente me senti constrangida, mas para as pessoas. Continuo falando, ela foi grosseira com as pessoas que estavam lá. De chamar policiamento da casa legislativa para retirar outras pessoas se ninguém tava fazendo baderna, estávamos apenas participando” disse.

 

 

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