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André Fernandes e mais 6 deputados viram alvo de processos no Conselho de Ética
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André Fernandes e mais 6 deputados viram alvo de processos no Conselho de Ética

Grupo tem parlamentares de PL, PT, Psol e Republicanos
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 Deputado federal 
André Fernandes (PL) (Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil)
Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil  Deputado federal André Fernandes (PL)

Sete deputados federais passaram a responder, nesta quarta-feira, 30, a processos no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. A lista inclui André Fernandes (PL), deputado federal mais votado no Ceará, de linha bosonarista.

Além dele, respondem agora no Conselho de Ética os parlamentares Abilio Brunini (PL-MT), Dionilso Marcon (PT-RS), Glauber Braga (Psol-RJ), Luciano Zucco (Republicanos-RS), Ricardo Salles (PL-SP) e Sâmia Bomfim (Psol-SP).

Fernandes foi denunciado pelo PT, que o acusa de "falas de teor discriminatório" dirigidas a Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Jack Rocha (PT-ES) na votação da reforma tributária.

"Diversas afirmações do representado são marcadas por uma postura racista e discriminatória, pela ridicularização da questão racial e de identidade de gênero, ao falar em tom jocoso que a raça devia ser 'de boi'", diz a representação petista contra o cearense.

Durante a sessão do conselho nesta quarta-feira, Fernandes negou ter feito falas racistas. Disse ter havido debate em plenário e afirmou que pensava que ficaria só naquilo. "Fico feliz de saber que isso aqui não vai ser banalizado certamente quando vier o relatório, que vai vir pelo arquivamento", na reunião.

As denúncias contra os demais deputados também são relacionadas a falas que podem ser consideradas ofensivas pelo Conselho de Ética.

Abilio Brunini é acusado de transfobia contra a deputada Erika Hilton (Psol-SP) em reunião da CPMI dos atos golpistas de 8 de Janeiro. O presidente da comissão, deputado Arthur Maia (União Brasil-BA), pediu envio das filmagens à polícia legislativa para apuração. A representação foi movida pelo Psol.

Dionilso Marcon é acusado de ofender o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em reunião da Comissão de Trabalho, sobre a facada no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em outra representação movida pelo PL por falas contra Eduardo Bolsonaro, Glauber Braga é acusado de ofender o filho do ex-presidente em reunião da Comissão de Relações Exteriores. Braga disse a Eduardo: "Se (presidente da Venezuela Nicolas) Maduro tivesse chegado no aeroporto com um carregamento de joias eles iriam adorar".

Luciano Zucco tem contra si uma representação do Psol que o acusa de misoginia por, na CPI do MST, dizer que encerraria a reunião se a deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP) não permitisse que outros parlamentares falassem. "Ela acha que por ser mulher não pode ser interrompida", disse Zucco na ocasião. E acrescentou: "Respeito muito as mulheres, responsáveis pela procriação e pela harmonia da família."

Ricardo Salles é acusado de violência de gênero durante reunião da CPI do MST, a mesma pela qual Zucco responde. E também contra a deputada Sâmia Bomfim. A acusação trata de postagens nas redes sociais.

Na mesma reunião do MST pela qual o Psol denuncia parlamentares do PL, Sâmia Bomfim é acusada pelo partido de quebra de decoro ao iniciar "ataques gratuitamente". (com Agência Câmara

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