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Briga, gritaria e murro na mesa aumentam crise no PDT
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Briga, gritaria e murro na mesa aumentam crise no PDT

| Confusão | A reunião foi a primeira após o encontro que concede uma carta de anuência para Evandro Leitão deixar a sigla
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Cid e André voltam a disputar a presidência estadual do partido  (Foto: Assessoria Cid Gomes/Divulgação)
Foto: Assessoria Cid Gomes/Divulgação Cid e André voltam a disputar a presidência estadual do partido

Terminou em confusão mais uma reunião do PDT Ceará. No encontro desta sexta-feira, 29, o tumulto ocorreu logo após o início do debate se a legenda seria ou não base do governador Elmano de Freitas (PT). O assunto foi retirado de pauta a pedido do presidente nacional da sigla, André Figueiredo — licenciado da presidência estadual —, mas não impediu que uma confusão se formasse quando o processo eleitoral de 2022 voltou a ser assunto.

O atual presidente estadual, o senador Cid Gomes, é um dos defensores, assim como a maioria dos filiados, de que a legenda confirme ser base do governador e se reaproxime do PT, antigo aliado dos pedetistas. Foi possível escutar falas acaloradas do senador na parte exterior da sede da legenda. "Já tá perdendo, só tem 25%", "não fazer isso é ser falso, é ser hipócrita, é não fazer o certo", foram algumas das frases da discussão em tom elevado.

Sentado ao seu lado na reunião estava André Figueiredo contrário ao ingresso do partido na base de Elmano, alinhando-se como grupo do ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, que preside a sigla em Fortaleza.

O desejo é que a legenda, após o conturbado processo de 2022, siga na independência, hoje seguida apenas por três dos 10 deputados estaduais que o PDT tem na Assembleia Legislativa. As "feridas", como muitos partidários se referem ao processo, seguem causando divergências.

Esta foi a primeira reunião do diretório do PDT após o encontro do dia 25 de agosto, quando o partido concedeu carta de anuência para Evandro Leitão deixar o partido sem perder o mandato. O presidente da Assembleia Legislativa é cotado para disputar a Prefeitura de Fortaleza por PT ou PSB contra José Sarto (PDT), atual prefeito.

Em meio ao bate-boca que envolveu outros filiados ontem, foi possível ouvir Cid afirmar: "Eu não tenho medo da nacional" e "não vou aceitar provocação". Um murro na mesa, sem a possibilidade de identificar o autor, e cadeiras sendo empurradas foram alguns dos sons, além das diversas vozes e gritos, que a imprensa conseguiu escutar da calçada da sede do PDT cearense.

É neste momento no qual as versões entre os lados apontam para acusações de intimidação e troca de farpas. Um dos envolvidos seria o deputado estadual Guilherme Bismarck (PDT), que teria, segundo uma versão relatada à reportagem, se levantado para intimidar alguém do grupo de André. Noutra versão, Guilherme teria apenas se defendido.

Diversos partidários ficaram em pé, dificultando averiguar o que de fato aconteceu. "Calma, calma, por favor, por favor, Guilherme, Guilherme", intermediou Cid.

O grupo de André e RC, com poucos representantes presentes, retirou-se em protesto. O deputado saiu falando em agressão. "Não terminou bem. Vamos tomar decisões, porque não dá para conviver com ditadura dentro do PDT". E emendou: "Resolvemos nos retirar para não sermos coniventes com agressões descabidas dentro do PDT contra companheiros nossos".

"Nós ficamos vendo o passado, pensando no futuro e aí as intervenções mais acoloradas acabaram provocando manifestações mais duras, alguns se incomodaram. Isso acabou acirrando os ânimos", disse Cid, dando sua versão da discussão.

O senador demonstrou surpresa ao ser informado sobre a fala de "ditadura no PDT". "Ditador? Eu fui acusado de ditador? Se fui acusado em minha defesa, o que eu faço é reunir as instâncias partidárias. Alguém pode ser ditador com essa característica? Faço reunião de 15 em 15 dias da Executiva e uma vez por mês do diretório. Isso é atitude de ditador? Eu não mereço esse título", completou.

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