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Wagner e Girão querem oposição unida na disputa de 2024
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Wagner e Girão querem oposição unida na disputa de 2024

| Fortaleza | Ambos participaram de conversa com moradores e ato de filiação na Regional VI no fim de semana
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Senador Eduardo Girão participa de evento ao lado de Capitão Wagner (Foto: Divulgação/Assessoria )
Foto: Divulgação/Assessoria Senador Eduardo Girão participa de evento ao lado de Capitão Wagner

O secretário de Saúde de Maracanaú e presidente estadual do União Brasil, Capitão Wagner, fez um gesto a aliados que compõem a oposição ao grupo governista no Ceará, ao convidar o senador Eduardo Girão (Novo) para um evento, no último sábado, 21, no bairro Messejana, em Fortaleza. A fala predominante dos políticos que participaram do evento foi em defesa da "unidade da oposição" para garantir alternância de poder em 2024 na Capital.

Durante o evento, que teve tom amplamente eleitoral, Wagner discursou realçando a importância de alianças para o pleito do ano que vem. Também estavam presentes o deputado estadual Sargento Reginauro e os ex-deputados Soldado Noelio e Vaidon Oliveira, todos filiados ao União Brasil. Girão, Noelio e Reginauro defenderam a unidade dentro do campo mais conservador.

"Não faz sentido a gente não dialogar. Ao final do diálogo, a gente pode ter uma chapa única ou não, mas independentemente de quem esteja encabeçando, os partidos têm grandes nomes. Queremos ter um projeto. Não adianta ter um bom nome e não ter um bom projeto. O Novo tem ideias que, somadas às nossas, podem gerar um grande plano de governo", disse Wagner ao ser questionado pelo O POVO sobre uma possível chapa com Girão.

Já o senador disse ser natural sua presença no evento do União, dada a amizade com o secretário. "Independentemente de política, minha amizade com Wagner vem antes. A união é chave, porque é Davi contra Golias (na eleição). Acredito que coisas boas vão acontecer e a gente tem que trabalhar sempre a união de pessoas do bem em torno de projetos", disse.

A participação de Girão sinaliza para uma aproximação entre as legendas com vistas à eleição de 2024. Na semana passada, ele declarou ao
O POVO que o Novo deveria ter candidatura própria em Fortaleza. No entanto, nos últimos dias, aliados do grupo de Wagner têm defendido a união já no primeiro turno, como forma de não dividir forças.

Outro ator que deve ser levado em conta neste momento é o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, que defende candidatura própria na capital cearense e não tem dado mostra de que abriria mão para compor com o bloco liderado por Wagner. O PL discute ainda quem seria o candidato, com o deputado federal André Fernandes e o deputado estadual Carmelo Neto sendo apontados como principais postulantes a representar a sigla em Fortaleza.

Girão defendeu que o diálogo da oposição se estenda, inclusive, para o PL. "É importante dialogar com o PL também. Estivemos juntos, conversando. André esteve comigo numa CPMI até a semana passada. O Carmelo é outra pessoa com quem me dou muito bem. O objetivo é dialogar e, quem sabe, sairmos juntos", respondeu o senador.

Wagner reforçou a necessidade de manter portas abertas para um eventual segundo turno. "O PL tem candidato, o Novo, o União, o PDT, o governo (do Estado) vai lançar. Quem tiver mais capacidade de formar aliança no 2° turno vencerá. Aconteceu em 2016 e 2020, quando fui para o 2° turno, todo mundo foi para o outro lado e nós perdemos. Seja quem for o candidato, tem que ter capacidade de dialogar e deixar abertura para alianças", avaliou.

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