O deputado estadual Cláudio Pinho (PDT) acredita que a saída do senador de Cid Gomes (PDT) deve acontecer. Na esteira, em sua visão, deputados aliados do senador deverão iniciar processos de desfiliação judicialmente. Pinho, que compõe a ala partidária do deputado federal André Figueiredo (PDT), ressaltou que, depois da reunião da última sexta-feira, 27, "clima não é bom". Ele lembrou que, até no encontro, Cid afirmou que "sairia pela porta da frente.
"Lá, ele disse que tinha entrado pela porta da frente e sairia da mesma forma. Na semana ele já tinha se despedido da liderança do partido no Senado", afirmou o deputado. Ele foi um dos parlamentares que viajaram até o Rio de Janeiro para acompanhar a reunião da Executiva Nacional que aprovou processo de intervenção no Ceará.
"A intervenção era para reorganizar o partido. Da forma que está não tinha condições, partido indo para a justiça contra o próprio partido", afirmou. A manutenção provisória de Cid não foi a primeira decisão em que o PDT nacional e PDT Ceará se contrapuseram na Justiça. Um caso foi a desfiliação do presidente da Assembleia Legislativa (Alece), Evandro Leitão, que pediu para deixar a sigla após receber carta de anuência votada com Cid à frente do partido no Ceará.
Desde agosto, o deputado argumenta judicialmente que houve perseguição da sigla contra ele e que não espaço. Por outro lado, a direção nacional, liderada por André Figueiredo interinamente, argumenta que o mandato de Leitão pertence ao partido e ele não poderia deixar a sigla sem perder o cargo. Evandro pretende disputar a Prefeitura de Fortaçeza, mas não encontra espaço no PDT, tendo em vista que o atual prefeito José Sarto deve disputar reeleição.
O mesmo questionamento, deve ser feito aos deputados que seguirem o caminho, desde vez sem carta de anuência. (Júlia Duarte e Isabelle Maciel)