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Lula recua e decreta GLO em aeroportos e portos do Rio e SP para combater violência
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Lula recua e decreta GLO em aeroportos e portos do Rio e SP para combater violência

Com a determinação, militares da Marinha e da Aeronáutica poderão atuar em portos e aeroportos
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LULA anuncia decreto de GLO em portos e aeroportos (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil LULA anuncia decreto de GLO em portos e aeroportos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou nesta quarta-feira, 1°, um decreto para Garantia da Lei e da Ordem (GLO) específica em portos e aeroportos de Rio de Janeiro e São Paulo. A movimentação é uma resposta para tentar enfrentar a crise na segurança pública no Rio. Nesses espaços, militares da Marinha e da Aeronáutica poderão atuar com poder de polícia.

A decisão contraria fala anterior do presidente que afirmou que não haveria GLO enquanto ele fosse presidente. O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que houve uma "reflexão" interna entre as pastas e pontuou que a GLO que será instaurada será apenas em pontos específicos para viabilizar a diminuição da logística do transporte do tráfico de drogas. Neste caso, ele aponta que há uma diferença entre uma GLO com militares atuando em "bairros e ruas".

"Quando o presidente se referia a GLO, ele se referia em GLOs em bairros e ruas, comunidades, isso não está ocorrendo agora. Essa GLO já incide em áreas que já são federais, porque é o melhor caminho para ações integradas entre Polícia Federal e as Forças Armadas", pontuou o ministro ao explicar a ação em áreas que já eram de responsabilidade federal. 

Os militares vão atuar nos portos de Itaguaí (RJ) e Santos (SP), além dos aeroportos do Galeão e Guarulhos. Haverá também reforço no policiamento no Paraná, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso por terem uma ligação logística com facções de SP e RJ. Lula anunciou também o Ministério da Justiça e o governo do RJ irão criar um comitê de investigação para abater o poder financeiro das quadrilhas.

As medidas foram anunciadas durante uma entrevista no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Lula, Dino, José Múcio (da Defesa) e dos comandantes das Forças Armadas.

O anúncio ocorre alguns dias após uma série de ataques de milicianos. Foram incendiaram ao menos 35 ônibus e um trem no Rio de Janeiro, em represália pela morte de um dos líderes da maior milícia do estado, Matheus da Silva Rezende, o Faustão. 

O governador do estado, Cláudio Castro, pediu ao ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, reforço para a segurança na Baía da Guanabara, em portos, aeroportos e em estradas federais para combater a entrada de armas e drogas no estado.


 

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