Candidato derrotado ao Governo do Ceará em 2018, o general Guilherme Theophilo é agora presidente municipal do Novo em Fortaleza. Foi empossado no último dia 31.
Questionado pelo O POVO, por telefone, sobre a disputa à Prefeitura de Fortaleza, Theophilo diz desejar que a direita saia unificada. Ou, pelo menos, o mais próximo disso. Para ele, a união tem de se dar em torno do senador Eduardo Girão (Novo), a quem atribui a condição de "liderança mais atual" e "expoente da direita cearense".
Os elogios a Girão vieram após questionamento sobre a interlocução do Novo com Capitão Wagner (UB), secretário de Saúde de Maracanaú e pré-candidato na Capital. Wagner concorreu ao Governo do Ceará em 2022 e foi a dois segundos turnos como pretendente ao Paço Municipal.
Contra Roberto Cláudio, em 2016, Wagner totalizou em segundo turno 46,43% dos votos válidos, ou 588,4 mil votos. Naquele ano, RC somou 53,57% dos votos válidos, o que significa 678,8 mil votos. Já no enfrentamento com José Sarto, em 2020, o rendimento até melhorou: foram 48,31% dos votos válidos, o equivalente a 624,8 mil votos contra 668,6 mil do pedetista (51,69%).
Theophilo afirma que o capitão da reserva da Polícia Militar do Ceará é "pessoa muito boa, amiga e companheira". Em razão disso, os diálogos não estão fechados.
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Segundo ele, estão abertas conversas com o presidente do PL no Ceará, Acilon Gonçalves (PL), prefeito de Eusébio, e com o deputado estadual Sargento Reginauro (UB). "É momento de articulação política", resumiu.
O PL, citado pelo general de quatro estrelas, deve representar a direita bolsonarista na disputa eleitoral. O mais cotado para a tarefa é o deputado federal André Fernandes, com o deputado estadual Carmelo Neto (PL) ainda no páreo.
Candidato derrotado ao Governo do Ceará em 2018, o general Guilherme Theophilo foi empossado como presidente municipal do Novo em Fortaleza no último dia 31.
Theophilo havia se afastado da política após participar do governo Bolsonaro, precisamente na Secretaria Nacional de Segurança Pública, sob ordens do então ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.
Em 2021, ele assumiu como CEO do Instituto Combustível Legal (ICL), entidade que combate o comércio irregular no ramo, "estimulando a concorrência saudável", segundo o site do ICL.
Na disputa eleitoral de 2018, Theophilo foi a escolha de Tasso Jereissati (PSDB) para concorrer contra Camilo Santana (PT), então candidato à reeleição ao Palácio da Abolição. Camilo seria reeleito com 3,4 milhões de votos, valor equivalente a 79,96%. Theophilo somaria 11,30% das urnas, com 488,4 mil votos conquistados.