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Ciro critica ex-aliados e ironiza cartas de anuências de Cid: "Deu até para poste"
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Ciro critica ex-aliados e ironiza cartas de anuências de Cid: "Deu até para poste"

Falas concretizam ainda mais a posição de Ciro junto ao grupo de André, em queda de braço há meses com Cid e seus aliados
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CIRO e aliados participaram de evento na CMFor (Foto: Divulgação/Mateus Dantas/CMFOR)
Foto: Divulgação/Mateus Dantas/CMFOR CIRO e aliados participaram de evento na CMFor

Ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT) fez investidas contra ex-aliados ligados ao Palácio da Abolição. Em evento ontem na Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor), o ex-governador teceu críticas a figuras como seu irmão, o senador Cid Gomes (PDT), e o ministro da Educação, Camilo Santana (PT).

O grupo governista, em sua visão, age de forma “fisiológica” para “sobreviver” politicamente e manter poder. Ele postula existir o “Partido da Abolição”. “É aquele grupo de pessoas que estão com o poder de novo. Eu compreendo com o meu coração, já fui chefe desse partido, mas não misturei minha ideia, meu programa, meus valores morais e ideológicos com este pragmatismo humilde que eu reconheço, mas que é vil, é fisiologia, é uma sobrevivência vil. É o que está acontece aqui”, disse.

Ele considera que Cid “não compreendeu” e segue em uma dinâmica “fisiologista, de clientelismo e completamente descartável.” "Eu o protegi disso a vida inteira de todos os conflitos. Eu sei que dei vida política ao Cid. A ingratidão e a traição são problemas dele", afirmou. 

Ciro também encontrou espaço para críticas a Camilo, que tem sido alvo de outras alfinetadas nas últimas semanas. O ex-presidenciável já tinha se referido ao petista como o "maior traidor da história".

“O Camilo Santana quer instalar uma ditadura no Ceará. Ele é do PT, está tentando destruir as tradições internas do PT. Problema deles, mas é do que se trata”, afirmou. O ponto, para o pedetista, seriam as movimentações para que o presidente da Alece, Evandro Leitão, disputasse a Prefeitura de Fortaleza pelo PT.

Pedetistas participaram de coletiva para apresentar a Comissão Provisória do PDT no Ceará após o processo de intervenção ser aprovado pela Executiva Nacional. O ex-senador Flávio Torres foi oficializado como presidente interino do colegiado.

Enquanto o deputado federal e presidente nacional interino da sigla, André Figueiredo (PDT), comentava sobre as cartas de anuência dadas por Cid, Ciro ironizou os documentos. “Disse que foi dada uma carta de anuência até para um poste na frente da sede do partido”, comentou.

As falas concretizam ainda mais a posição de Ciro junto ao grupo de André. O deputado trava há meses uma disputa com Cid pela presidência estadual do PDT, partido rachado desde as eleições de 2022. Na época, Ciro já era favorável ao nome de Roberto Cláudio (PDT), enquanto Cid preferia que a indicada fosse Izolda Cela (sem partido). (Colaboraram Thays Maria Salles e Carlos Holanda)

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