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Expulsão de Cid já vinha sendo discutida antes de intervenção no PDT cearense
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Expulsão de Cid já vinha sendo discutida antes de intervenção no PDT cearense

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Antes mesmo de aprovar a intervenção no diretório cearense do PDT na semana passada, a cúpula da legenda trabalhista já estudava a possibilidade de expulsar o senador Cid Gomes do partido.

Nos dias que antecederam a reunião que terminou por aprovar a tutela do diretório local – depois revertida na Justiça por ação movida por Cid –, membros da executiva nacional discutiam a hipótese a sério.

Um aspecto, no entanto, ainda pesava contra essa medida: os efeitos jurídicos que uma expulsão teria não para Cid, cujo mandato é majoritário e pode mudar de partido quando desejar. Mas para os deputados estaduais e federais de seu grupo.

O entendimento é de que o processo contra o ex-governador, se não estivesse lastreado objetivamente, poderia dar musculatura ao argumento de que o bloco cidista no PDT é alvo de perseguição política pelo comando nacional, a cargo do deputado André Figueiredo.

Se, até agora, a tese da perseguição, da qual pedetistas ligados ao senador lançam mão, ainda carecia de materialidade, uma sanção disciplinar tão grave quanto a expulsão iria conferir substância à linha adotada.

No último fim de semana, Cid, por meio do diretório estadual, repudiou os atos de Figueiredo, sem citar qualquer possibilidade de processo de expulsão da agremiação.

Para ele, as ações do presidente interino da legenda feriram não apenas o regimento interno do PDT, mas “o estado democrático de direito”.

Correligionários, Cid e Figueiredo medem forças pela presidência do PDT-CE desde julho passado, quando chegaram a estabelecer um pacto pelo qual o senador ficaria na liderança dos trabalhos até o fim do ano, quando então o deputado retornaria ao posto.

Uma série de acusações mútuas de traição, porém, frustrou esse acerto, precipitando o PDT numa guerra infinita.

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