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Cid diz que falaria 100 vezes "Lula está preso, babaca", mas nega ofensa
Politica

Cid diz que falaria 100 vezes "Lula está preso, babaca", mas nega ofensa

| Eleições | Cid Gomes justifica declaração dada em 2018 durante ato de campanha de Haddad em Fortaleza. O senador está em Brasília para série de reuniões partidárias
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SENADOR Cid Gomes  (Foto: FERNANDA BARROS)
Foto: FERNANDA BARROS SENADOR Cid Gomes

Convidado para se filiar ao PT, o senador Cid Gomes (PDT) disse ontem que repetiria 100 vezes que "Lula está preso, babaca", frase proferida por ele cinco anos atrás, em evento de apoio à campanha de Fernando Haddad no 2ª turno contra Jair Bolsonaro, no Ceará. Ao O POVO, Cid negou, porém, qualquer intenção de ofender Lula, então preso no âmbito da Lava Jato.

"Não quis ofender o Lula, e o Bolsonaro pegou aquilo (em 2018) como se eu estivesse ofendendo o Lula. Pra mim é tranquilo. Colocada a situação, eu diria 100 vezes. Eu diria 100 vezes a mesma coisa ('Lula está preso, babaca')", declarou.

"Reconheça o erro", continuou, "é muito melhor reconhecer o erro e dizer que não vai pecar mais, é como se confessa. Você admite o erro e vai se esforçar para não repetir o erro. O pior dos mundos é não querer admitir o erro, mesmo tendo consciência dele".

Questionado se se arrependia de ter se manifestado usando essas palavras naquele ano, o ex-governador ponderou: "Veja bem, se você colocar a frase solta, isso pode parecer uma ofensa, uma agressão, uma declaração azeda. E realmente foi, mas não em relação ao Lula. Foi em relação a um grupo". Segundo Cid, ao chegar ao local do evento em 2018, o Marina Park Hotel, "para manifestar apoio ao Haddad no segundo turno", foi "hostilizado pelo grupo".

"Eles diziam, gritavam Lula, como se o Lula conseguisse por si só resolver essa coisa", contou o senador, acrescentando: "Eu disse que o Lula não podia nem participar da campanha, o Lula está preso. Como as pessoas estavam sendo meio hostis comigo, eu revidei a hostilidade com o babaca. Mas o babaca era ao vaiante".

Em Brasília ontem para participar de reunião sobre a destinação de emendas parlamentares ao Ceará, Cid afirmou ter solicitado uma agenda com o presidente da República para tratar da possibilidade de ingresso no PT, considerada por ele como uma "gentileza" que havia sido transmitida pelo ministro Camilo Santana em nome de Lula.

"Eu, sinceramente, entendo a manifestação feita pelo governador Camilo, de uma expressão do presidente Lula, como um gesto de gentileza, de atenção, de acolhimento", respondeu Cid.

Já sobre a provável saída do PDT e migração para outra legenda, o senador garantiu que "essa é uma questão que é pacífica entre nós", referindo-se ao grupo de pedetistas composto por prefeitos, deputados e vereadores. "Nós temos um pacto de que a nossa decisão será tomada coletivamente. Não vai ser a minha decisão. Pra tomar essa decisão, vamos ter que cumprir série de etapas. E temos uma data que, pelo meu gosto, é uma data-limite para resolver o nosso futuro, que é o dia 4 de dezembro", projetou o ex-governador. (Henrique Araújo e João Paulo Biage)

Leia mais em Érico Firmo, página 11

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