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Brasil compartilha extensa fronteira com os dois paúses
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Brasil compartilha extensa fronteira com os dois paúses

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O Brasil acompanha com "preocupação" as tensões entre Venezuela e Guiana pela disputa territorial do Essequibo, que será tema no domingo de um referendo organizado por Caracas, disse uma diplomata do alto escalão do Itamaraty.

"Vemos com preocupação esse ambiente tensionado entre dois países vizinhos e amigos", declarou à imprensa a embaixadora Gisela Maria Figueiredo, secretária de América Latina e Caribe do Itamaraty.

A diplomata ressaltou a importância para o Brasil de que, "no momento em que varias regiões do mundo estão com conflitos militares, a América do Sul permaneça um ambiente de paz e cooperação". Venezuela e Guiana compartilham uma extensa fronteira com o Brasil.

Figueiredo disse que o Brasil mantém um diálogo de alto nível com ambos os lados para buscar uma "solução pacífica", o que inclui uma recente visita a Caracas de Celso Amorim, assessor para Assuntos Internacionais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Mas o Brasil não se pronunciará sobre o referendo convocado para domingo pelo governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que perguntará aos cidadãos se apoiam a concessão de nacionalidade venezuelana aos 125 mil habitantes da região em disputa e a criação de uma nova província venezuelana chamada "Guiana Essequiba".

"Do ponto de vista do Brasil, o referendo é um assunto interno da Venezuela", afirmou a embaixadora.

A Guiana critica o referendo e espera que a disputa com a Venezuela posse ser resolvida pela Corte Internacional de Justiça (CIJ), cuja jurisdição sobre o caso do Essequibo não é reconhecida por Caracas.

Por outro lado, questionada sobre supostas operações militares do Brasil na fronteira com Venezuela e Guiana relatadas pela imprensa, Figueiredo afirmou não ter informações sobre o tema.

O Exército disse em nota que tropas da infantaria realizam uma "prática habitual" de treinamento em Roraima, estado fronteiriço com a região do Essequibo. (AFP)

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