Em pesquisa divulgada em 23 de novembro, na estatal Telesur, 57% dos venezuelanos defenderam a União na disputa pelo Essequibo, independentemente das posições políticas. Apesar do apoio popular, essa não é uma unanimidade na Venezuela.
A líder da oposição María Corina Machado pede que o referendo seja suspenso e acusa Nicolás Maduro de usar a disputa para criar uma "distração" antes da eleição geral marcada para 2024.
Em acordo costurado pelos Estados Unidos, o regime se comprometeu a garantir uma votação justa. Em troca, a Casa Branca relaxou parte das sanções importas à Caracas. A oposição foi às primárias com essa garantia e escolheu María Corina Machado como candidata com mais de 90% dos votos, mesmo com a líder de centro-direita impedida de assumir cargos públicos por 15 anos.
No entanto, em mais um golpe para oposição, o Tribunal Supremo de Justiça suspendeu "todos os efeitos" das primárias, depois que aliados de Nicolás Maduro alegaram supostas irregularidades no processo. A decisão é vista pelos opositores como quebra o acordo e aumenta a incerteza que paira sobre a eleição do ano que vem. (Agência Estado com agências internacionais)