A tecnologia de inteligência artificial, também chamada "aprendizado de máquina", não é uma ferramenta recente. Mesmo sem o termo propriamente, em 1950, o matemático Alan Turing, no artigo "Computing Machinery and Intelligence", se perguntou se computadores poderiam entender a linguagem, aprender a partir de uma conversa ou mesmo lembrar de algo que foi dito. Ele, então, propôs o Teste de Turing, que consiste em um interrogador humano tentar distinguir entre uma resposta de texto de criada por computador e de uma de um ser humano.
O teste recebe críticas sob a justificativa de "limitar" o que seria a inteligência humana, além de abrir espaço para computadores que apenas "reproduzem" e "imitam" a forma de falar. A Kuki, que vem passando no teste desde 2016, desenvolvido pelo programador britânico Steve Worswick, consegue modular a resposta para evitar soar de forma mecânica. "Pense em mim como uma Siri ou uma Alexa, mas mais divertida. Você pode conversar comigo sobre tudo", diz a descrição do bot.
De forma simplificada, IA seria a capacidade de uma máquina de resolver problemas, usando competências semelhantes às humanas como o raciocínio, a aprendizagem e o planeamento. Para isso, o sistema é "ensinado" inicialmente, com inclusão de dados ou informações de "como fazer". A partir daí, devem ser capazes de adaptar o "comportamento", até certo ponto, através de uma análise dos efeitos das ações anteriores e de um trabalho autónomo.
Atualmente diversas plataformas usam IA, como quando se procura algo para comprar algo na internet, já que é usada para fornecer recomendações personalizadas às pessoas, com base, por exemplo, nas suas pesquisas e compras anteriores ou outro comportamento online. Os assistentes virtuais, como a Siri do Iphone, que respondem a perguntas, fornecem recomendações e ajudam a organizar rotinas diárias também são muito usados.
A IA é dividida em dois tipo. A IA fraca, também chamada de Narrow AI ou Artificial Narrow Intelligence (ANI), seria o observado hoje nos exemplo acima: uma tecnologia treinada para a execução de tarefas específicas.
Já a IA forte, composta por Inteligência Artificial Geral (AGI) e Superinteligência Artificial (ASI), ainda atua no campo da teoria com a projeção que a máquina poderia ter consciência. Enquanto com a AGI, o computador teria uma consciência de autoconhecimento capaz de resolver problemas, aprender e planejar para o futuro, a ASI vai mais fundo e projeta que as máquinas teria capacidade para superar a inteligência e a capacidade do cérebro humano. As informações são fruto de consulta à International Business Machines Corporation (IBM), ao Parlamento Europeu e à BBC.