Ainda sem bater o martelo para onde irão o senador Cid Gomes e o seu grupo aliado de cinco deputados federais, 14 deputados estaduais, ambos entre titulares e suplentes, e cerca de 45 prefeitos, os caminhos mais prováveis de filiação são PSB e Podemos.
Cid se reuniu com o presidente nacional do partido, Carlos Siqueira, nesta quinta-feira, 14, e o encontro fortaleceu uma aproximação entre as partes. Em conversa com O POVO, um parlamentar afirmou que “há grandes chances” de a decisão ser pela sigla socialista.
“Está na mão deles (PSB)”, disse. Segundo conta esse parlamentar, o PSB pediu, porém, um tempo para organizar e encontrar formas de acomodar todos do grupo cidista, o que será resolvido ainda em conversas internas.
O prazo do partido seria para meados do fim de janeiro do ano que vem, mas foi alertado pelo senador Cid de que o grupo irá se reunir dia 18 deste mês para decidir o futuro de forma coletiva, e não pretende adiar.
O ingresso, ou retorno para alguns, ao PSB é mais atrativo para deputados e prefeitos, que assim como Cid, foram do partido anos atrás e possuem um histórico, além de afinidade ideológica, segundo contam alguns deputados que até já mostraram publicamente a preferência.
“Cid quer um partido para ser dominante”, confidenciou um aliado. Mas a decisão de ir ao PSB encontra alguns obstáculos, como o prazo estabelecido pelo grupo para definir o futuro. O partido precisa apresentar uma solução em que consiga alocar todos os membros.
Um dos exemplos citados seria com a vaga do PSB na Comissão de Educação da Câmara. Deputado federal da ala de Cid, Idilvan Alencar, teria que disputar o lugar com a também deputada Tábata Amaral (PSB-SP).
A reunião para o dia 18 será definitiva para o futuro partidário do senador Cid Gomes e seus aliados. Caso queiram decidir logo e não esperar uma resposta segura do PSB, a escolha deverá ser o Podemos, já alinhado com a ala sobre cargos a serem ocupados pelos integrantes.
Embora tenha se expandido no cenário nacional, o Podemos hoje é um partido de pouca expressão no Ceará. Bismarck Maia, presidente estadual da legenda e prefeito do Aracati, disse ao O POVO em outra oportunidade que está "otimista" com a possível ida de Cid e aliados.
Algo que preocupa os parlamentares é a presença de muitos nomes de alas ideológicas distintas. No Senado Federal, são sete membros e na Câmara 15 deputados federais do Podemos, boa parte da direita.