O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o ministro da Justiça, Flávio Dino, que teve o nome aprovado para o Supremo Tribunal Federal (STF) pelo Senado na semana passada, ficará à frente da pasta até 8 de janeiro. Ao brincar sobre o "ministro comunista", Lula pediu que seja justo e disse que não lhe cabe dar entrevistas, nem palpites sobre julgamentos
Os recados foram dados ontem, na última reunião ministerial do ano, no Planalto. De acordo com Lula, na Corte não pode prevalecer visão ideológica. "Ali (no STF), meu caro Flávio Dino, com a sua competência, só tem uma coisa que você não pode trair, que é seu compromisso com o povo brasileiro e com a verdade", declarou. "Espero que seja um comunista do bem, que tenha amor, carinho e, sobretudo, que seja justo", disse o presidente ao auxiliar.
Com a aproximação da data que marca um ano dos ataques às sedes dos Três Poderes, Lula anunciou durante discurso na reunião ministerial que irá realizar um ato simbólico em 8 de janeiro de 2024, junto com os presidentes da Câmara, do Senado e do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Nós estamos convidando um ato para lembrar a tentativa de golpe no dia 8 de janeiro (...). O ato está sendo convocado por mim, pelo presidente do Senado, pelo presidente da Câmara e pelo presidente da Suprema Corte”, afirmou.
De acordo com ele, Flávio Dino irá organizar o evento. O presidente também convidou os 38 ministros do governo a participarem do ato. “E quero lembrar os companheiros e companheiras ministras: ninguém está pedindo para não viajarem, mas eu quero a presença de todos os ministros e ministras no dia 8 de janeiro, aqui, deve ser na Câmara ou no Senado”, completou.