A direção nacional do PDT se organiza para definir até o fim desta semana quem deve fazer parte da comissão provisória que assumirá o comando da instância do PDT no Ceará. A intenção é que até a sexta-feira, 5, deva ocorrer a formulação da comissão que ficará responsável por decisões da sigla no Estado após a inativação do diretório.
Ainda não há previsão para quando as eleições na sigla vão acontecer, sendo prioridade a formalização da comissão. Seguem em curso os diálogos, especialmente com o ministro da Previdência, Carlos Lupi, para saber quem serão os indicados. Há a expectativa que a presidência provisória fique com o ex-senador Flávio Torres, nome alinhado ao grupo de André Figueiredo, presidente nacional interino do partido.
O sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi atualizado na última segunda-feira, 1º, e o PDT, em nível estadual, deixou de ter diretório ativo e nem teve órgão provisório cadastrado. Até dia 31 de dezembro do ano passado, após queda de braço entre alas da sigla, o senador Cid Gomes era o presidente do partido no Ceará.
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O acesso ao sistema permite ver, além de presidentes partidários, qual a situação das instâncias diretórias, se estão ativas ou não. Em consulta, o PDT não tem nenhum registro encontrado. A formação antiga, autorizada pela Justiça Eleitoral em 18 de outubro, seguiu apenas até o último dia de 2023.
Historicamente, o deputado André Figueiredo é presidente do partido no Ceará e, no TSE, sua gestão foi renovada em 2019 e se estendeu até 2023. No entanto, em meados de julho, foi formalizado um acordo para que Cid Gomes ficasse como presidente até dezembro do ano passado e apoiasse a reeleição de André em chapa única.
Antes do prazo, o deputado decidiu retomar a presidência diante de movimentações do senador como presidente, incluindo a votação e aprovação de uma carta de anuência para que o presidente da Assembleia Legislativa (Alece), Evandro Leitão (PT), deixasse o PDT. Isso abriu margem para que ele se desfiliasse para seguir para outros espaços para entrar uma candidatura para a Prefeitura de Fortaleza.
Apesar de ser o presidente no papel, o grupo do senador decidiu por deixar a sigla. O destino apontado como certo é o PSB, presidido no Ceará por Eudoro Santana. Presidente nacional do partido, Carlos Siqueira, confirmou que Cid irá se filiar em 2 de fevereiro.
Com a saída do grupo, internamente, o clima é de apaziguamento após um ano turbulento. Judicialmente, no entanto, as disputas vão continuar. A direção nacional tenta reverter, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), do entendimento da Corte regional que autorizou a saída de Evandro sem perder o mandato. 14 deputados estaduais entraram ainda na Justiça pedindo desfiliação por justa causa, o que a instância nacional já deixou claro que não concorda e quer buscar os mandatos.