O Arquivo Público do Ceará mantém algumas relíquias da Confederação do Equador. Lá estão guardados três livros com as correspondências datadas do período de 1823 a 1825. Não se sabe ao certo como os documentos sobreviveram ao tempo e ao movimento de apagamento da revolução. Os registros foram transcritos na íntegra e estão disponíveis para consulta.
Os originais, aos quais O POVO teve acesso, apresentam elevado grau de degradação, tanto do tempo, os mais de 200 anos, à falta de conservação até o momento em que foram encontrados (existem partes coladas com fita adesiva), bem como da própria toxicidade da tinta da caneta.
Até a força com que os autores escreveram, há 200 anos, influenciou para que as páginas estivessem buracos ou desbotadas.
Nas páginas antigas, é possível ver despachos de Tristão Gonçalves como presidente da província do Ceará e correspondências que ele trocou com presidências de outras províncias, inclusive Paes Andrade, de Pernambuco. Os textos também recontam os trâmites desde a prisão até a execução dos revolucionários.