Após migração em massa de 40 prefeitos que saíram do PDT para o PSB junto com o senador Cid Gomes, a sigla pedetista seguirá com 10 gestores de Executivo municipal no Ceará. A informação foi dada ao O POVO pelo presidente do diretório estadual, o ex-senador Flávio Torres, nesta segunda-feira, 5.
Inicialmente, de acordo com o dirigente, uma das prefeituras ainda estava com a filiação indefinida. "Estamos conferindo a situação do prefeito de Pacajus". Bruno Figueiredo, que retomou a gestão após decisão judicial, saiu na lista de gestores que migraram para a legenda socialista. Em seguida, Torres confirmou que o gestor foi para o PSB.
André Figueiredo, presidente interino do PDT nacional e deputado federal, explica que a situação do Ceará é "evidentemente um desafio maior". "Nós éramos o maior partido do Estado em números de prefeitos. Hoje, continuamos sendo o maior partido em termos de números de cearenses que administramos, até por conta de que a Prefeitura de Fortaleza realmente é muito grande", disse o dirigente.
E continuou: "Ficamos com 10 prefeitos filiados ao PDT. Esperamos que tenhamos um número significativo de candidaturas para que possamos fazer com que o PDT volte a crescer, mas sempre com essa premissa de que a gente não quer mais inchar, a gente quer, acima de tudo, um PDT como sempre teve: história, bandeiras e compromisso com população cearense".
Na oportunidade, Figueiredo informou que a reeleição do prefeito de Fortaleza, José Sarto, é prioridade não apenas a nível estadual, mas nacional, e que o gestor "é o número um" dentro da sigla para disputar o Paço da Capital cearense.
"Nós estaremos, claro, lutando para que o principal prefeito que temos no Brasil, que é o Sarto, do município mais importante que é Fortaleza, né? Que nós possamos reelegê-lo e isso é uma prioridade não apenas do estado do Ceará, mas uma prioridade nacional do PDT. Ele é o número um dessa nossa luta e teremos até julho para cada vez mais fortalecer a reeleição do nosso prefeito", finalizou.
A debandada de prefeitos do PDT começou ainda em 2022, durante as eleições para Governo do Estado, quando uma parte dos gestores decidiu apoiar a candidatura de Elmano de Freitas (PT), em detrimento do ex-prefeito Roberto Cláudio (PDT), que também disputava o Palácio da Abolição.
O esvaziamento da sigla culmina agora com a chegada de Cid Gomes ao PSB, que negociou com dezenas de prefeitos ao longos das últimas semanas antes do evento de filiação, realizado no último domingo, 4.