Pré-candidato à Prefeitura de Fortaleza, Capitão Wagner (União Brasil) vai entregar o posto de secretário da Saúde de Maracanaú no fim deste mês de fevereiro. A informação foi dada por ele nesta segunda-feira, 5, durante participação no podcast Jogo Político, do O POVO.
“Estou muito feliz com esse um ano à frente da Secretaria e agora no final do mês, dia 28 ou 29, a gente vai estar entregando a gestão e vindo aqui para Fortaleza para, a partir de março, estar dedicado exclusivamente ao partido e à pré-campanha”, informou Wagner.
Na ocasião, o ex-deputado explicou que não precisaria entregar a chefia da pasta agora, mas “não ia dar conta” de assumir os trabalhos da campanha e da Secretaria. “Eu jamais me perdoaria se ficasse fazendo um trabalho meia-boca. Eu aqui como pré-candidato em Fortaleza e como secretário lá, eu não ia dar de conta”.
Entre os destaques de seu trabalho na pasta municipal, Wagner nomeia o aumento na avaliação da secretaria pelo Programa Previne Brasil, do Ministério da Saúde.
“Me dediquei incansavelmente durante esse um ano. A maior prova é essa nota. Eu sempre foquei na nota porque ela aumenta o recurso que vem para o município. Você conseguir elevar uma nota de cinco para nove, só se consegue com muito trabalho e dedicação”.
O atendimento pediátrico é outro fator que o secretário considera como resultado positivo. "Eu não tinha nenhum neuropediatra quando cheguei. Hoje, nós temos três. E a fila que é de 800 crianças autistas para neuropediatra aumentou para mais de mil. Como é que você aumentou o número de profissionais e a fila também aumentou? O serviço começou a ter credibilidade. Aquelas pessoas que não procuravam mais a consulta, hoje estão vendo que está funcionando e estão procurando", avalia o secretário.
Sobre eleições, Wagner avalia que tanto o governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), quanto o prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), não mostraram a que vieram em seus respectivos mandatos.
“É lógico que, hoje, a ingerência - se é o termo mais adequado, eu não sei, mas a ingerência - que ele tem no Governo do Estado é tão grande quanto o Cid tinha quando o Camilo era governador. Camilo era governador, a maioria dos secretários era indicada pelo Cid. Hoje, o Elmano é governador e a maioria dos secretários são pessoas ligadas ao Camilo. Isso acaba tirando do Elmano, assim como o Sarto ainda hoje não conseguiu mostrar a que veio. Qual é a bandeira do Sarto?”, explicou.
Wagner avalia que o governador dá sequência ao trabalho feito pelo ministro da Educação, Camilo Santana (PT), quando esse era chefe do Executivo cearense.
“O Elmano, também, com um ano e dois meses, que a gente vai iniciar agora, ainda não mostrou a que veio, porque está dando continuidade a algumas políticas do Camilo, inclusive, as políticas não exitosas. Camilo teve uma dificuldade na segurança pública e o Elmano parece que está tendo uma dificuldade maior ainda”.
Questionado se concorda com o ex-senador Tasso Jereissati (PSDB) sobre Camilo ter “todas as características de coronel”, o secretário disse que o ministro é a atual “maior liderança política do estado”.
“A grande mídia criou um prognóstico de que o Camilo é o homem do diálogo. Ele senta com todo mundo, ele conversa com todo mundo e fica difícil dizer que uma pessoa que senta e dialoga com todo mundo é coronel. Se é coronel, eu desconheço qual é a tática. Acho que ele, como maior liderança política do estado - ele é a maior liderança política do estado do Ceará indiscutivelmente - conseguiu construir um capital eleitoral que permite que ele tenha influência na escolha do prefeito de Fortaleza, de Juazeiro, Sobral. Isso é mais do que natural. Se é só isso a crítica, eu acho que não”, avaliou Wagner.