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Ex-diretor da Abin não teria pilotado drone para espionar Camilo
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Ex-diretor da Abin não teria pilotado drone para espionar Camilo

Ao contrário do alegado pela PF, além Alves não saberia controlar um drone e não estaria no Ceará na ocasião, em 2021
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Camilo Santana (PT), ministro da Educação, foi supostamente monitorado pela Abin. Um drone da Agência foi avistado próximo ao Palácio da Abolição, em 2021 (Foto: FÁBIO LIMA)
Foto: FÁBIO LIMA Camilo Santana (PT), ministro da Educação, foi supostamente monitorado pela Abin. Um drone da Agência foi avistado próximo ao Palácio da Abolição, em 2021

Ao contrário do que apontou a Polícia Federal (PF), o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Paulo Magno de Melo Rodrigues Alves, não teria utilizado um drone para espionar o ex-governador do Ceará Camilo Santana (PT).

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Segundo a investigação, ele teria sido flagrado em 2021 próximo ao Palácio da Abolição, sede do Governo do Estado, pilotando o objeto. No entanto, autoridades que acompanham o caso constataram que, além de Alves não saber controlar um drone, ele não estaria no Ceará na ocasião. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Em 25 de janeiro, a defesa já havia rebatido as acusações, via nota. "O peticionário não é piloto de drones da Abin, sequer sabe pilotar esse aparelho e também não tem habilitação. Aliás, Paulo Magno tampouco estava no Ceará no momento em que teria ocorrido tal episódio", afirmaram.

Os dois pilotos seriam, na verdade, um oficial da Abin vindo de Brasília e uma servidora lotada na superintendência local. O drone contava com aparelhos superpotentes de escuta, supostamente, para serem utilizadas no grande programa de espionagem ilegal em operação na Agência, na época, denominado “FirstMile”.

Ainda de acordo com a defesa, Alves também são seria gestor do programa, conforme levantaram acusações. Nota foi assinada pelos advogados Ticiano Figueiredo, Pedro Ivo Velloso, Franciso Agosti e Marcelo Neves.

Espionagem na Abin

Denominada de “Vigilância Aproximada”, a operação da PF investiga casos de espionagem na Abin, durante a gestão do ex-diretor-geral, Alexandre Ramagem, no governo Jair Bolsonaro.

Segundo a Polícia, o monitoramento ilegal foi direcionado a opositores políticos do então presidente, como os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, o então presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o atual ministro da Educação, Camilo Santana, dentre outros.

As informações foram utilizadas “para uso político e midiático, para a obtenção de proveitos pessoais e até mesmo para interferir em investigações”. Além disso, a PF investiga se a Abin atuou para espionar desafetos e atrapalhar investigações contra os filhos de Jair Bolsonaro.

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