O deputado federal Idilvan Alencar (PDT-CE) foi eleito segundo vice-presidente da Comissão de Educação. Após o acordo que colocaria o PT no cargo enquanto o PL ficaria com a vice da Comissão de Saúde cair, coube ao PP e ao PDT articularem para ficar com os cargos. O PP abocanhou a primeira vice e nomeou Átila Lira (PP-PI). O PDT ficou com a segunda vice-presidência, entregue a Idilvan.
"Queria agradecer aos colegas que votaram em mim e ao PDT pela articulação. Eu estou há seis anos nessa comissão e nunca vi tanta gente aqui. Há muita expectativa sobre essa mesa, Nikolas. Eu vejo esse cargo com muita importância, uma função muito importante. E contem comigo", disse Idilvan, que recebeu 31 votos favoráveis de 33 possíveis, e já se sentou ao lado do bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG), presidente da comissão, na sessão do colegiado nessa quarta-feira, 20.
Durante a sessão da Comissão, o deputado federal cearense André Fernandes (PL-CE) discutiu com estudantes que acompanhavam os trabalhos do colegiado presidido por Nikolas. A referida discussão girou em torno de investigação contra o padre Júlio Lancellotti no âmbito da Câmara Municipal de São Paulo.
Na ocasião, Fernandes comentou que Rubinho Nunes (União Brasil), o vereador que protocolou a abertura da CPI para investigar o religioso, estava sendo alvo de cassação de mandato por parte do Psol. “O Psol está pedindo a cassação do vereador que pediu a CPI para investigar o padre Júlio Lancellotti. Que teve o vídeo vazado se masturbando para mandar para um menor de idade”, disse Fernandes, sem apresentar qualquer tipo de prova.
A tentativa de Fernandes em finalizar o discurso, no entanto, foi fracassada quando os alunos que assistiam à sessão vaiaram o deputado, que rebateu: “Eu não entendo, senhor presidente, como é que aluno está aqui desde cedo, já estamos entrando na tarde, eles não estudam não? Vão estudar, como é que o aluno chega aqui às 10 horas da manhã, é uma hora da tarde”. “Bora estudar que é melhor”.
Falando sobre os trabalhos da comissão, os deputados aprovaram o envio de requerimento à Procuradoria Geral da República (PGR) para que o órgão investigue a apresentação artística proposta pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Furg). Durante uma recepção de calouros, alunos veteranos de Artes Visuais fizeram apresentação artística que envolvia nudez. O caso ocorreu dentro da instituição, com presença de estudantes menores de idade. O pedido de abertura de inquérito foi assinado pelo próprio presidente da comissão, Nikolas Ferreira. (colaborou Luíza Vieira/especial para O POVO)