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Pré-candidato do Psol evita se diferenciar de Evandro sem ver programa
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Pré-candidato do Psol evita se diferenciar de Evandro sem ver programa

| ELEIÇÕES | Técio Nunes defende pluralidade no campo da esquerda e centra as críticas no prefeito Sarto
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TÉCIO Nunes (Psol) em entrevista à rádio o POVO CBN (Foto: Ludmyla Barros/especial para O POVO)
Foto: Ludmyla Barros/especial para O POVO TÉCIO Nunes (Psol) em entrevista à rádio o POVO CBN

Pré-candidato à Prefeitura de Fortaleza pelo Psol, o produtor cultural Técio Nunes afirmou que ainda não gostaria de demarcar uma diferenciação mais específica em relação a Evandro Leitão, escolhido para representar o PT na disputa, enquanto os programas de doverno não estão estabelecidos. Ele defendeu a pluralidade de visões da esquerda.

"Não gostaria de demarcar uma diferença com o PT porque não sei qual programa o PT vai apresentar para a cidade. As diferenças vão ser apresentadas com debate. Nós vamos começar a construir um programa. E a partir dele, vamos ver a diferença. Temos uma demarcação muito clara de combate a desigualdade social. Que garanta um combate sistemático ao racismo, à misoginia, à homofobia", afirmou á rádio O POVO CBN, na série de entrevistas com os pré-candidatos a prefeito de Fortaleza.

Ele, no entanto, alega que manterá a candidatura até o fim, fazendo referência ao processo de 2022, no qual Adelita Monteiro se retirou para integrar a aliança do hoje governador Elmano de Freitas (PT). Segundo Técio, o momento era diferente, com o principal foco sendo o combate ao bolsonarismo, que segue, mas incluindo agora possibilidades de se explorar diferentes "debates qualificados".

Na crítica à gestão do prefeito José Sarto (PDT), Técio afirmou que existe uma "política de multas" na capital cearense.

"Sarto vem tentando garantir sua reeleição às custas da classe média. Isso tá colocado né? [..] Uma 'política de multa' em Fortaleza, que mais que quadruplica o número do que foi arrecadado. E o que muda? Só taxando as pessoas. Ele está em desespero tentando garantir a reeleição. Enquanto isso a cidade está abandonada".

Técio citou uma falta de efetividade da taxa do lixo, implementada no primeiro semestre do ano passado e direcionada para o manejo de resíduos sólidos de Fortaleza. Para o pré-candidato, a cobrança serve para "bancar Deus sabe o quê", já que o lixo "segue amontoado na cidade de Fortaleza", nas áreas nobres e na periferia.

"O Sarto implementa uma taxa do lixo, que esse ano vai arrecadar R$ 80 milhões, às custas da classe média, para bancar Deus sabe o quê. O lixo continua amontoado nas periferias de Fortaleza. Você anda e vê a cidade suja. O que quase R$ 80 milhões arrecadados com a taxa do lixo, taxando a classe média, tá fazendo pra resolver esse problema? O que mudou? R$ 80 milhões era pra mudar nossa política de resíduos sólidos e não muda", disse.

A pré-candidatura de Técio enfrenta disputa interna na federação com a Rede Sustentabilidade. Após o lançamento do Psol, a Rede lançou a ambientalista Cindy Carvalho como pré-candidata para a disputa municipal em Fortaleza. Por serem federadas, as duas siglas precisam definir apenas um dos nomes para seguir na disputa.

Técio explica que há um cálculo na federação, que determina qual partido teria a prerrogativa de lançar candidatos em cada cidade. Essa escolha seria com base no tamanho e na representação do partido em nos locais. No caso de Fortaleza, a prioridade seria do Psol e não da Rede.

"A Rede lançou a pré-candidatura sabendo dos limites. A prerrogativa de lançar pré-candidatura é do Psol e a Rede sabia disso. Acho que com o objetivo de fazer o debate, acho legítimo", afirmou.

Técio, no entanto, não garante que essa seja a decisão tomada pela federação, mas que "acha muito difícil" uma mudança de cenário.

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