Mesmo sendo adversários no campo ideológico, PL e PT têm atuado de forma similar, não só no Ceará, como no Brasil como um todo, quando se fala em estratégia eleitoral. A intenção das siglas é formalizar palanques em diversos municípios: o PT aproveitando a presença de Lula na Presidência e buscando pavimentar o caminho para 2026, enquanto o PL tenta fortalecer a oposição.
No Ceará, foi visível o trabalho de articulação de nomes petistas para "inchar" a sigla e atrair prefeitos que poderiam ir para a reeleição ou nomes que, em segundo mandato, poderiam indicar seus sucessores justamente pelo partido. São em torno de 45 prefeituras sob liderança petista e, pelo menos, o dobro deve ser o número de candidaturas. "Ainda temos negociações em curso, mas tudo leva pra termos 92 a 96 candidaturas majoritárias", ressaltou o deputado estadual De Assis Diniz, líder do PT na Assembleia Legislativa (Alece).
Do lado do PL, embora não tenha conseguido ampliar o número de gestões, a movimentação é para filiar lideranças e galgar apoios de outros partidos do campo da oposição. A sigla também tem demarcado as bandeiras ideológicas de um palanque que terá Bolsonaro como figura central. O ex-presidente esteve em Fortaleza para turbinar a campanha de André Fernandes e vem aparecendo nas mídias de pré-candidatos como Coronel Aginaldo (PL), no do partido para Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza.