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Alece diz que vídeo de Evandro é inacessível por problema já conhecido quando Sarto foi presidente
Politica

Alece diz que vídeo de Evandro é inacessível por problema já conhecido quando Sarto foi presidente

Vídeo de sessão plenária cobrado por campanha de Sarto estaria danificado, mas pedetista era presidente da Casa e teria sido informado. Campanha de Sarto diz que petista quer "apagar o passado"
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Evandro Leitão concorre à Prefeitura de Fortaleza e é presidente da Assembleia Legislativa
 (Foto: Junior Pio/Assembleia Legislativa)
Foto: Junior Pio/Assembleia Legislativa Evandro Leitão concorre à Prefeitura de Fortaleza e é presidente da Assembleia Legislativa

"Mostra o vídeo, Evandro". A frase tem sido constantemente utilizada pela campanha de José Sarto (PDT), candidato à reeleição em Fortaleza, para atacar o adversário Evandro Leitão (PT).

O vídeo em questão, segundo alegam os pedetistas, refere-se à transmissão da sessão plenária de 15 de fevereiro de 2018, na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), na qual Evandro, já deputado estadual, falou sobre a razão de não assinar pedido de CPI para investigar facções criminosas. Ele mencionou a segurança da própria família.

A campanha de Sarto alega ainda que o vídeo da sessão não estaria acessível seguindo uma orientação de Leitão, hoje presidente da Alece.

O repórter Lucas Barbosa, do O POVO, solicitou à Alece o vídeo da sessão, por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI). Em resposta assinada pela coordenadora de Comunicação Social da Alece, Lídia Giselle Souza Dutra, consta que o vídeo solicitado da sessão ordinária encontra-se inacessível.

"A transmissão daquele dia está armazenada no servidor Media Portal, no Cedoc da Alece TV, mas quedas de energia registradas no prédio da Alece em anos seguintes danificaram seu funcionamento", justifica-se.

Fac-símile de documento onde a Assembleia Legislativa do Ceará responde à solicitação do jornalista de O POVO, Lucas Barbosa.(Foto: Fac-símile/Lei de Acesso à Informação)
Foto: Fac-símile/Lei de Acesso à Informação Fac-símile de documento onde a Assembleia Legislativa do Ceará responde à solicitação do jornalista de O POVO, Lucas Barbosa.

O documento ainda informa que a transmissão não está disponível nas redes sociais, porque as primeiras lives só começaram no mês seguinte, em 20 de março de 2018, "em caráter de teste, sem regularidade".

Comunicado durante a gestão Sarto

O documento informa ainda que, após tentativas por parte da equipe técnica de recuperar o equipamento, a então direção da TV Assembleia (hoje chamada de Alece TV) comunicou o problema à administração da Casa em 20 de março de 2019, conforme memorando de n.º 022/2019, endereçado à diretora geral do Assembleia na época, Sávia Maria de Queiroz Magalhães, assinado pelo então coordenador de Comunicação Social da Casa, Daniel Mendes Aderaldo. Na ocasião, em março de 2019, o presidente da Alece era Sarto.

A Alece ainda informou que o Media Portal passou por manutenção e chegou a ser utilizado posteriormente, mas novas quedas de energia ocorridas entre 2019 e 2020 danificaram o equipamento por completo, inviabilizando a recuperação de todo o conteúdo armazenado entre 2017 e 2020.

Memorando da Alece explica problema no sistema de armazenamento das gravações de sessões plenárias.(Foto: Fac-símile/Lei de Acesso à Informação)
Foto: Fac-símile/Lei de Acesso à Informação Memorando da Alece explica problema no sistema de armazenamento das gravações de sessões plenárias.

Candidato quer "apagar o passado"

Procurada para comentar o assunto, a campanha de José Sarto se pronunciou afirmando que "Evandro Leitão quer apagar ou mudar o passado". "O fato é que ele subiu na tribuna do Plenário 13 de Maio, com transmissão ao vivo pela TV Assembleia Legislativa, no dia 15 de fevereiro de 2018, para dizer que não assinaria a CPI do Narcotráfico por medo", afirma a campanha do pedetista.

Ainda segundo a nota, "o vídeo foi solicitado oficialmente há meses por parlamentares e jamais houve uma resposta oficial para o requerimento. Agora, Evandro parece estar usando a burocracia da Assembleia, com assessores a seu serviço, para esconder a verdade. Esse tipo de procedimento é comum para o candidato do PT", acrescenta.

Ao final, a campanha do pedetista faz uma nova denúncia envolvendo o candidato do PT. " Na última terça-feira (27), ele também deletou um vídeo transmitido ao vivo nas redes sociais dele no qual comete crime eleitoral de compra de votos. Na quarta-feira (28), estou desconfiado que o apagador geral atacou novamente. Uma postagem de um candidato a vereador do Psol bastante comprometedora pra candidatura petista foi deletada bem ligeiro sem nenhuma explicação", acrescenta a campanha pedetista.

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