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Sabatina O POVO Crato: Lucas Brasil critica gestão do tio e diz ser "mudança jovem"
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Sabatina O POVO Crato: Lucas Brasil critica gestão do tio e diz ser "mudança jovem"

Candidato pela primeira vez ao Executivo do Crato, Lucas afirma buscar "espaço" na política local para liderar "projeto de mudança" contra gestão do tio, Zé Ailton Brasil
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Lucas Brasil é vereador e rompeu com o atual prefeito e também tio, José Ailton (PT) (Foto: Beatriz Silva/O POVO CBN Cariri)
Foto: Beatriz Silva/O POVO CBN Cariri Lucas Brasil é vereador e rompeu com o atual prefeito e também tio, José Ailton (PT)

Candidato do PSDB à Prefeitura do Crato, Lucas Brasil afirmou nessa sexta-feira, 6, em sabatina Rádio O POVO CBN Cariri, que a gestão do tio e adversário político, Zé Ailton Brasil (PT), já esteve com as contas equilibradas. Realidade, segundo ele, diferente da atual.

Opositor do governo petista no município, cuja candidatura é representada na eleição por André Barreto (PT), Lucas afirmou que a aprovação do projeto que autorizou a administração municipal a contrair empréstimo de R$ 20 milhões danificou a saúde financeira da cidade.

A gestão teria aplicado R$ 10 milhões no projeto do novo Mercado Wilson Roriz. Da segunda metade, R$ 5 milhões teriam sido destinados ao calçamento de bairros como Batateiras, Lameiro, Sertãozinho, Belmonte e Muriti. Os R$ 5 milhões restantes, aplicados na construção de um calçadão que contemplaria a Avenida Pedro Felício até chegar às comunidades Granjeiro e Coqueiro, passando pela Escola Dom Vicente.

"Então, devido a isso, a gente tem que realmente ver como é que vão ficar as finanças. Por ser uma dívida que a gente vai começar a pagar, a gente tem que realmente ver se tem dinheiro em caixa, que é uma das nossas prioridades", afirmou. 

O candidato a prefeito disse que pretende viabilizar a pavimentação das ruas do bairro Sertãozinho e no São José, tidos por ele como locais de difícil acesso. Ele adicionou que outra meta a ser perseguida em eventual gestão é a da implantação do passe livre, sem detalhar como concretizaria a proposta. "A gente tem que fazer parcerias", resumiu. 

Questionado sobre a taxa do lixo, respondeu não ter como prometer a revogação da cobrança. O obstáculo é de que o município integra o Consórcio Comares, iniciativa para gestão integrada dos resíduos sólidos produzidos pelos municípios do Cariri.

"Não adianta eu iludir a população e dizer 'não, o município vai pagar'. Hoje, a multa para sair do Comares é em torno de R$ 1,5 milhão a R$ 2 milhões. O município teria que arcar com essa despesa para que o cidadão cratense não seja onerado no bolso devido essa taxa", afirmou Lucas.

Lucas criticou o alegado protagonismo que a empresa Ambiental Crato teria atualmente como gestora das finanças da Sociedade Anônima de Água e Esgoto do Crato (Saaec). A promessa foi de devolver a Saaec aos cratenses.

"A empresa foi licitada para que? Para fazer o saneamento básico do nosso município, não foi para gerir as finanças da Saaec ou, até mesmo, as políticas da Saaec. Então, a gente tem que realmente dar o trabalho para o qual ela foi licitada. Ter aquela concessão de licitação que ela ganhou, trazer novamente a Saaec para o cidadão cratense", sustentou o tucano.

Ao longo da entrevista, ele ressaltou a própria juventude como um ativo político na disputa, um sinal de que ele poderá arejar o Executivo com novas ideias. Ele disse que filiação ao terceiro partido político (PSB, PCdoB e, agora, PSDB), apesar dos 31 anos, é resultado da busca por um espaço próprio no panorama político do município. Ele assegurou que a candidatura não atende a impulsos de vaidade.

"Um espaço qual na política? Para que eu apresentasse mais projetos. Eu não pactuei com a maneira que o atual gestor estava trabalhando, então vi que a gente não poderia continuar no mesmo lado. Então, procurei outro local, com outros grupos políticos, onde segui meu caminho e minha trajetória política, e hoje estou apresentando o nosso nome aqui, novamente, à cidade do Crato", explicou sobre o rompimento com o tio, o atual prefeito.

"A gente tem o direito de concorrer às eleições municipais. Realmente, estamos nesse projeto político novamente, mas não é um projeto político por vaidade ou para o ego, mas, sim, um projeto de político de mudança, uma mudança jovem para o nosso município", argumentou o postulante. 

E completou: "O espaço não é só para pleitear cargo ou estar fazendo negociações com cargos porque a gente, na política, a gente tem que ter seriedade transparência e principalmente honestidade".

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