Candidato do Novo a prefeito de Fortaleza, Eduardo Girão afirmou nesta quarta-feira, 11, durante sabatina O POVO transmitida pela Rádio O POVO CBN, que o que o diferencia dos demais postulantes do campo conservador na disputa é a experiência em gestão.
Girão disputa voto à direita com Capitão Wagner (União Brasil) - acusado pelo senador de fazer "marketing" com a passagem pela Secretaria da Saúde de Maracanaú - e André Fernandes (PL). Girão é o sétimo candidato à Prefeitura de Fortaleza entrevistado. A definição foi feita por sorteio.
Questionado sobre se Wagner não tem experiência como gestor, Girão respondeu que a passagem pela pasta da Saúde foi "muito rápida", o que lhe parece ter "marketing envolvido com o prefeito Roberto Pessoa, que tem o apoio do PT lá". "O meu diferencial é exatamente gestão, experiência em gestão, em assinar carteira", disse Girão.
O fortalezense, disse o congressista, quer a solução de seus problemas. O senador afirmou que o "grande desafio" dele na campanha é fazer com que as pessoas saibam que ele é candidato. "Escolhi esse caminho difícil justamente para não ter amarra com ninguém", afirmou Girão, cuja campanha é a quinta mais cara, atrás das de José Sarto, André Fernandes, Capitão Wagner e Evandro Leitão, nesta ordem.
Girão foi lançado à política em 2018, apoiado Wagner, como candidato a senador. Ele venceu Eunício Oliveira (MDB), então presidente do Senado e atual deputado federal. O suplente de Girão no Congresso é o deputado estadual Sargento Reginauro (União Brasil), braço direito do candidato do União Brasil.
Girão não tem tempo de televisão e não vai a debates em razão de diferentes regras, todas condizentes ao tamanho do seu partido. Ele não vai a debates porque o Novo filiou o quinto parlamentar — número mínimo — fora do prazo de 20 de julho. Assim como a candidatura do Novo, as candidaturas do PSTU e do PCB não vão a debates.
O senador não tem propaganda gratuita de televisão e rádio porque o Novo não obteve, nas eleições para a Câmara dos Deputados, o mínimo de 2% dos votos válidos distribuídos em pelo menos um terço das 27 unidades da Federação, com mínimo de 1% dos votos em cada destes estados. Ou não elegeu o mínimo de 11 deputados federais distribuídos em pelo menos nove estados, ou seja, um terço das unidades da Federação (entenda mais aqui).
Perguntado sobre se a educação municipal, sob eventual gestão Girão, iria abordar temas como Teoria da Evolução (de Charles Darwin) ou criacionismo religioso, ele respondeu, inicialmente, que se valeria das diretrizes do Ministério da Educação (MEC). Na sequência, afirmou que a gestão municipal faria uma "adequação" em conformidade com os valores e princípios dele. A educação pública municipal compreende educação infantil e ensino fundamental.
"A gente pegou a questão de Moral e Cívica, a questão de OSPB (Organização Social e Política do Brasil), tudo isso foi importante para que a gente chegasse até aqui com visão de cidadania. Então, acredito que a gente deve aproveitar todo o histórico do MEC, porque ali é um assunto de Estado, não de governo, são políticas de Estado debatidas com a sociedade e a gente fazer a adequação de acordo com nossos valores e princípios", disse.