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José Sarto é o primeiro prefeito da história de Fortaleza a não ser reeleito
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José Sarto é o primeiro prefeito da história de Fortaleza a não ser reeleito

Candidato do PDT ficou em terceiro lugar e registrou 11,73% dos votos válidos. Resultado representa mais uma derrota para o partido, que esteve no poder municipal por 12 anos
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SARTO obteve 11,73% dos votos válidos  (Foto: João Filho Tavares)
Foto: João Filho Tavares SARTO obteve 11,73% dos votos válidos

O atual prefeito José Sarto (PDT) é o primeiro da história de Fortaleza a não ser reeleito para um segundo mandato. O candidato ficou em terceiro lugar e recebeu 11,73% dos votos válidos, indicando uma derrota para o partido após 12 anos no poder. A eleição na Capital seguirá para o segundo turno em embate entre André Fernandes (PL) e Evandro Leitão (PT).

Com a presença apenas da equipe da organização, o comitê central do prefeito permaneceu fechado na noite deste domingo, 6, e não foi feito pronunciamento sobre o resultado das urnas até a publicação desta matéria.

Sarto votou durante o período da manhã e, na ocasião, demonstrou confiança em uma ida para o segundo turno e afirmou que continuaria defendendo um “projeto de amor a Fortaleza”.

A derrota do prefeito representa mais um revés para o Partido Democrático Trabalhista (PDT) após o racha registrado na sigla durante as eleições para governador do Estado, em 2022. Em julho daquele ano, o ex-prefeito Roberto Cláudio foi escolhido como o nome da legenda para o pleito, desbancando Izolda Cela, que integrava o PDT, depois de uma votação interna. 

Na época, Cela já atuava como governadora do Estado devido à saída de Camilo Santana (PT) para concorrer ao Senado e o nome de Izolda aparecia para continuar a aliança entre PT e PDT no Ceará. Com a escolha do ex-prefeito, a relação entre os dois partidos foi afetada, bem como entre o ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT) e Camilo.

Posteriormente, o nome oficializado pelo PT, Elmano de Freitas, venceu a disputa ainda no primeiro turno, enquanto Roberto Cláudio ficou em terceiro lugar com 14,14% dos votos válidos, atrás de Capitão Wagner (União Brasil), que teve 31,72%.

Após a derrota, um dos focos do PDT era continuar com a máquina municipal e a reeleição de Sarto se tornou uma das prioridades do partido, que comandou a cidade por 12 anos.

Além de relembrar as ações feitas durante o mandato, a campanha do pedetista foi marcada pelos jingles e bordões, pela troca de farpas com os adversários e pelo uso do famoso óculos “juliet”. 

Com a maior arrecadação entre as campanhas, o atual prefeito terminou o primeiro turno com pouco mais de R$ 17 milhões arrecadados, sendo R$ 15 milhões repassados pelo diretório nacional do PDT e R$ 200 mil da direção municipal.

A receita da campanha ainda conta com a doação de R$ 1 milhão feita pelo suplente de senador Prisco Bezerra (PDT), irmão de Roberto Cláudio (PDT), R$ 600 mil do ex-senador Tasso Jereissati (PSDB) e R$ 125 mil do advogado Beto Studart.

Na manhã deste domingo, antes da apuração das urnas, o deputado federal e presidente nacional do PDT André Figueiredo afirmou que uma possível derrota não abalaria o projeto político da sigla.

“O projeto político da gente continua inabalável. Nós temos a convicção de que iremos para o segundo turno ainda, mas, independente de qualquer resultado, fazer política é mostrar serviço e o PDT se sente muito orgulhoso desses 12 anos que administra Fortaleza, diferentemente do PT que governa o estado do Ceará há algum tempo e, principalmente nesse atual governo, que não faz nada”, analisou. 

Diferentemente dos prefeitos anteriores, Sarto é o primeiro a não conseguir a reeleição. Em 2000, Juraci Magalhães foi reeleito; Luizianne Lins (PT), em 2008, foi eleita para mais um mandato ainda no primeiro turno; e Roberto Cláudio também garantiu mais quatro anos de gestão, em 2016. 

Histórico

Diferentemente dos prefeitos anteriores, Sarto é o primeiro a não conseguir a reeleição. Em 2000, Juraci Magalhães foi reeleito; Luizianne Lins (PT), em 2008, foi eleita para mais um mandato ainda no primeiro turno; e Roberto Cláudio também garantiu mais quatro anos de gestão,
em 2016

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