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Prefeito eleito que está foragido é impedido de tomar posse em Choró e presidente da Câmara assume
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Prefeito eleito que está foragido é impedido de tomar posse em Choró e presidente da Câmara assume

Bebeto Queiroz e o vice, Bruno Jucá, estão foragidos da Justiça. Bebeto esteve preso recentemente
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VEREADOR Paulinho assume como prefeito de forma interina (Foto: Reprodução/Redes Sociais)
Foto: Reprodução/Redes Sociais VEREADOR Paulinho assume como prefeito de forma interina

O prefeito eleito de Choró, Bebeto Queiroz (PSB), e do vice, Bruno Jucá (PRD), tiveram as posses, suspensas pela Justiça, a pedido do Ministério Público do Ceará (MPCE). A solenidade estava prevista para a manhã desta quarta-feira, 1º.

Bebeto está com mandado de prisão preventiva em aberto e é considerado foragido da Justiça por suspeita da relações com grupos criminosos e crimes eleitorais. Ele foi preso recentemente.

A decisão é da 6ª Zona do Tribunal Regional Eleitoral de Quixadá e foi informada durante cerimônia desta quarta pelo vereador e presidente da Câmara, Paulo George Saraiva (PSB). Paulinho, como é conhecido, leu a decisão judicial, convocou a vice-presidente da Câmara para presidir a sessão e foi empossado interinamente como prefeito.

"Em virtude de decisão judicial que suspendeu a posse do prefeito e do vice-prefeito de Choró, eu convido a vice-presidente a tomar assento na presidência enquanto eu irei tomar posse como prefeito interino", disse o vereador, em cerimônia transmitida pelas redes sociais do município.

MPE pede cassação de Bebeto

Bebeto Queiroz (PSB), teve a cassação do registro de candidatura solicitada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) da 6ª Zona. O seu vice, Bruno Jucá (PRD), também teve cassação requerida.

A documentação indica que ambos foram beneficiados pela prática de abuso de poder econômico, destacando a participação direta de Bebeto na realização dos atos ilícitos indicados na ação eleitoral.

O político foi alvo da operação "Vis Occulta", da Polícia Federal (PF), que investiga a compra de votos nas eleições municipais, e da operação "Ad Manus", do MPCE, que investiga atos ilícitos de contratos de prestação de serviço de abastecimento de veículos da Prefeitura de Choró.

Bebeto foi alvo de uma primeira operação, esteve foragido, entregou-se, passou 10 dias em prisão temporária. Ao final do prazo, foi solto. Dois dias depois, foi alvo de outra operação e está foragido desde então.

As investigações mostram indícios de que os valores utilizados para a compra de votos foram obtidos por meio de um esquema de caixa 2, envolvendo contratos públicos direcionados a empresas vinculadas à organização criminosa. Segundo as investigações do MPCE, os valores eram destinados ao financiamento ilícito de campanhas eleitorais.

A investigação da Polícia Federal aponta o deputado federal cearense Junior Mano (PSB) como tendo 'papel central' em um esquema de manipulação de eleições municipais em 51 cidades do Ceará, por meio de compra de votos e desvio de recursos oriundos de emendas parlamentares. Bebeto e Junior Mano são próximos, já tendo aparecido diversas vezes juntos, inclusive nas redes sociais de ambos.

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