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Naumi diz que "nem Mega-Sena pagava" dívida deixada por Valim em Caucaia
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Naumi diz que "nem Mega-Sena pagava" dívida deixada por Valim em Caucaia

| CAUCAIA | Dívida da Prefeitura de Caucaia, segundo o prefeito, supera maior prêmio da história, da Mega da Virada
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NAUMI cumprimenta Coronel Aginaldo, que foi adversário na eleição e se tornou secretário da Segurança (Foto: FERNANDA BARROS)
Foto: FERNANDA BARROS NAUMI cumprimenta Coronel Aginaldo, que foi adversário na eleição e se tornou secretário da Segurança

O prefeito Naumi Amorim (PSD) contou, em entrevista coletiva realizada nesta sexta-feira, 3, que a dívida de Caucaia é, por ora, de R$ 681 milhões. O número, segundo ele, pode crescer a depender do que for constatado pela gestão ao longo dos próximos dias. O valor pode aumentar à medida que os secretários forem tendo acesso às finanças de suas pastas. Não está contabilizado, por exemplo, o setor de obras.

"Esse aqui foi o presente que o prefeito Vitor Valim (PSB) deixou à população de Caucaia: Quase R$ 700 milhões até agora. Essa dívida pode chegar a R$ 1 bilhão. Uma dívida milionária que ele deixou no município de Caucaia. Esse aqui nem o prêmio da Mega Sena pagava essa conta hoje. Então, você imagina o quanto essa conta é grande", contou.

Naumi se refere ao prêmio da Mega da Virada 2024, que sorteou mais de R$ 635 milhões na terça-feira, 31. Esse foi o maior valor da história do concurso. "É um desafio grande, mas quando a gente nasce na nossa vida, a gente já tem um desafio. Então, isso aqui, vamos enfrentar e vamos lutar junto com o povo de Caucaia para dar o nosso melhor para conseguir organizar a casa de novo, igual a gente deixou em 2020, quando entreguei à Prefeitura", acrescentou o prefeito.

Naumi apontou que cerca de R$ 300 milhões deverão ser pagos ainda este ano. Para lidar com a dívida, será feito um corte de 25% nos gastos da Prefeitura. "Nós vamos agir, trabalhar com o nosso secretário, buscar recursos estaduais, federais, com o ministério, para que a gente consiga trabalhar nessa cidade. E a gente vai fazer também um corte de 25%. Das áreas de corte, enxugar a máquina para a gente conseguir fazer e melhorar e pagar essa dívida que tem o nosso município", explicou.

O detalhamento da dívida, segundo ele, ficará fixado no gabinete. Durante a coletiva, ele segurou placa com a divisão dos R$ 681 milhões: restos a pagar exercício são R$ 238 milhões, débito com o Instituto da Previdência (2024) é de R$ 41 milhões e a dívida inscrita seria de R$ 370 milhões.

A vice-prefeita, Priscila Menezes (MDB), detalhou que as principais preocupações são com saúde, educação e previdência. Na educação, ela destacou o temor de os computadores serem retirados das unidades. A dívida da Educação, hoje, é de R$ 46,1 milhões, conforme a gestão. Parte do débito, no valor de R$ 511,2 mil, correspondente ao programa Bora Conectar.

A previdência também é outra preocupação. Segundo ela, só existe recurso garantido para pagar servidores aposentados e pensionistas, entre outras obrigações do Instituto, até maio deste ano.

Outra dívida seria o Bora de Graça, programa que garante gratuidade nos ônibus. Seriam R$ 14 milhões em dívida deixada. "O Bora de Graça foi dado para as pessoas, mas não foi pago. Aqui é a dívida. A dívida ficou, então deu aquilo que ele (Valim) não podia pagar, então está aqui a dívida do Bora de Graça. Muito bom programa, mas não foi pago", disse Naumi.

O POVO tentou localizar o ex-prefeito Vitor Valim, mas não houve retorno até o fechamento.

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