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Cirurgia de Bolsonaro para desobstruir intestino teve mais de 11 horas de duração
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Cirurgia de Bolsonaro para desobstruir intestino teve mais de 11 horas de duração

Equipe médica do hospital de Brasília decidiu realizar a intervenção ao constatar uma obstrução no intestino do ex-presidente da República
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JAIR Bolsonaro foi fotografado antes de embarcar em uma ambulância ao deixar o Hospital Rio Grande, em Natal, na sexta-feira à noite (Foto: José ALDENIR / AFP)
Foto: José ALDENIR / AFP JAIR Bolsonaro foi fotografado antes de embarcar em uma ambulância ao deixar o Hospital Rio Grande, em Natal, na sexta-feira à noite

A cirurgia do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para tratar um quadro de obstrução intestinal, no Hospital DF Star, em Brasília, foi encerrada no fim da noite de ontem, após mais de 11 h de duração, informou a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Pouco antes das 18 horas, Michelle havia publicado que o quadro de Bolsonaro era estável e que havia previsão de que o procedimento durasse mais "1 a 2 horas". Às 20h17, porém, ela informou que a cirurgia ainda estava em andamento.

Bolsonaro foi encaminhado ao centro cirúrgico do Hospital DF Star, em Brasília, onde passou por um procedimento de desobstrução no intestino. Ele entrou no centro cirúrgico por volta das 9h da manhã, para os procedimentos pré-operatórios, e a cirurgia de laparotomia exploradora começou às 10h.

De acordo com o boletim médico publicado nesta manhã, a decisão pela cirurgia se deu após exames de imagem mostrarem a "persistência do quadro de subobstrução intestinal", apesar das medidas alternativas para tratar o problema.

Michelle já havia utilizado as suas redes sociais para avisar que a cirurgia do marido poderia demorar mais do que o esperado. "A equipe médica nos informou que será uma cirurgia longa, porque ele está com muitas aderências", disse.

Aderências intestinais são faixas de tecidos fibroso que podem se acumular entre as alças do intestino, ou mesmo entre o órgão e outras estruturas do abdômen, e agir quase como uma cola, ligando indevidamente os órgãos ou tecidos. Esse problema surge, geralmente, durante a cicatrização de uma cirurgia, ou após infecções ou outros ferimentos ou traumas.

A operação é mais uma em uma série de cirurgias feitas em consequência de complicações após a facada que Bolsonaro sofreu em 2018, em atentado durante a campanha presidencial.

O ex-presidente foi internado na sexta-feira, 11, após sentir fortes dores intestinais enquanto cumpria agendas no Nordeste. Na noite de sábado, 12, foi transferido do Hospital Rio Grande, em Natal, para o Hospital DF Star, no Distrito Federal, onde constatou-se a persistência do quadro de subobstrução intestinal. A obstrução intestinal impede ou reduz significativamente a passagem de alimentos, líquidos, secreções digestivas e gases pelo intestino.

A viagem ao nordeste, bastião histórico da esquerda, foi planejada duas semanas depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) tornar Bolsonaro réu por suposta tentativa de golpe de Estado. Até sábado, a decisão de operar Bolsonaro ainda não havia sido tomada, embora ele mesmo tenha julgado "provável" que pudesse acontecer.

Bolsonaro foi esfaqueado no meio de uma multidão durante a campanha presidencial de 2018. Um mês e meio depois, ele venceu a eleição presidencial, mas, como consequência do ataque, teve que passar por várias cirurgias.

 

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