A Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor) aprovou nesta quinta-feira, 24, o reajuste geral de 4,83% para servidores municipais, proposta em mensagem enviada pelo prefeito Evandro Leitão (PT).
O pagamento está previsto para se dar a partir da folha de maio (paga em junho). Sindicatos que participaram das tratativas do aumento acompanharam a sessão, das tribunas.
De início, a categoria pedia mais de 12% de aumento, mas, após algumas mesas de negociações, o índice foi fechado em 4,83%, sem pagamento de retroativos referentes à data base, que é 1º de janeiro.
A mensagem foi aprovada com 40 votos favoráveis. Dos que estavam presentes, apenas o vereador Marcelo Mendes (PL) não votou. Os outros parlamentares que não avaliaram a mensagem foram Germano He-Man (Mobiliza) e Priscila Costa (PL), ausentes do plenário.
Outros ganhos para a categoria foram aprovados também, como o aumento do valor do vale-alimentação e o teto máximo para ter direito, que subiu de R$ 8,2 para R$ 9 mil.
A mensagem recebeu críticas da oposição, tanto pelo percentual de aumento, quanto pelo não pagamento de retroativos. Líder do governo Evandro na Casa, o vereador Bruno Mesquita (PSD) disse que a Prefeitura não tinha dinheiro em caixa para dar mais do que deu.
"A oposição está no direito dela de cobrar. Fizemos o máximo, esticamos o máximo que a gente podia. Demos o reajuste aos servidores, foi totalmente conversado com eles, aceitado por eles. Eles sabem da nossa dificuldade", disse ao O POVO.
Ouvindo algumas famílias de servidores, uma emenda com assinatura de vários vereadores da base foi aprovada, acabando com a cláusula que tirava o direito ao vale-alimentação de famílias atípicas que pediam redução de carga-horária.
Outra emenda aprovada, proposta por Gabriel Aguiar (Psol), visa incentivar a doação de sangue. Agora, o servidor que doar sangue terá direito a não mais um dia de folga, mas dois dias, de seis em seis meses.
"O Hemoce pediu que a gente fizesse isso, para a gente poder aumentar o banco de sangue e assim ajudar tantas pessoas que precisam de doação", explicou Mesquita.
Com informações do repórter Guilherme Gonsalves