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Conselho de Ética suspende deputado que ofendeu Gleisi
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Conselho de Ética suspende deputado que ofendeu Gleisi

Três meses
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Gilvan também já desejou a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Renato Araújo/Câmara dos Deputados)
Foto: Renato Araújo/Câmara dos Deputados Gilvan também já desejou a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados suspendeu por três meses o mandato do deputado Gilvan da Federal (PL) por ofensas contra a ministra e parlamentar licenciada Gleisi Hoffmann (PT).

A decisão foi tomada nesta terça-feira, 6. O placar foi de 15 votos favoráveis à punição contra 3.

Não será necessária a convocação de suplente, porque a suspensão é inferior a 120 dias. No período, Gilvan não receberá salário, cota parlamentar e nem verba de gabinete.

Além disso, todos os assessores do deputado suspenso perderão o cargo na Câmara.

A representação contra o parlamentar partiu do presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) e foi apoiada por outros líderes da Casa.

"As falas do representado excederam o direito constitucional à liberdade de expressão, caracterizando abuso das prerrogativas parlamentares, além de ofenderem a dignidade da Câmara dos Deputados, de seus membros e de outras autoridades públicas", diz o documento assinado pelo presidente da Câmara.

Durante sessão da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, Gilvan proferiu termos pejorativos em relação à ministra Gleisi.

O documento assinado por Motta argumenta que o deputado do PL ofendeu a ministra ao vinculá-la ao termo "amante", numa referência a uma alcunha que teria sido atribuída à petista em um suposto esquema de favorecimento envolvendo a empresa Odebrecht.

Além disso, o parlamentar utilizou a palavra "prostituta" ao fazer tais declarações.

Gilvan fazia referência a chamada "lista da Odebrecht", relacionada à Operação Lava Jato, em 2016. O nome de Gleisi apareceria em uma "super lista" entre os de 279 políticos de 22 partidos, sob a suspeita de ter recebido repasses ilegais da construtora.

Dias antes, em discussão na Comissão de Segurança Pública sobre um projeto para desarmar a segurança da Presidência da República, Gilvan da Federal afirmou desejar a morte de Lula.

"Por mim, eu quero mais é que o Lula morra. Eu quero que ele vá para o 'quinto dos inferno' (sic). É um direito meu", disse o deputado federal.

"Nem o diabo quer o Lula. É por isso que ele está vivendo aí. Superou o câncer... Tomara que tenha um 'ataque cardíaco'. Porque nem o diabo quer essa desgraça desse presidente que está afundando nosso País. E eu quero mais é que ele morra mesmo. Que andem desarmados. Não quer desarmar cidadão de bem? Que ele ande com seus seguranças desarmados", prosseguiu.

Após a repercussão negativa e pedidos de investigação sobre a conduta do parlamentar, ele chegou a pedir desculpas.

Com Agência Estado

 

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