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Maioria dos brasileiros repatriados trabalhavam mais de 8 horas por dia nos Estados Unidos
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Maioria dos brasileiros repatriados trabalhavam mais de 8 horas por dia nos Estados Unidos

| DADOS | A maior parte chegou sozinha e tem planos de trabalhar no Brasil
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O Brasil recebeu 680 repatriados entre os meses de fevereiro a maio deste ano, em sete operações organizadas pelo Governo Federal. Em detalhamento, foram 526 homens, 142 mulheres e 12 não informaram o gênero. Desse total, 83,72% chegaram sozinhos. Já 16,28% vieram acompanhadas de familiares. Ao desembarcarem, 56,99% foram acolhidos por suas famílias, enquanto 33,03% seguiram para residência própria e 3,23% ficaram em residências de amigos.

Sobre a faixa etária, a principal é a de 18 a 29 anos, que representa 34,33% desse número, seguido das pessoas entre 30 e 39 anos, o equivalente a 28,84%. O terceiro grupo etário com mais pessoas é o de 40 a 49 anos, com 23,69%.

Ao desembarcarem em solo brasileiro, o estado que mais recebeu repatriados foi Minas Gerais, com um total de 310 pessoas, o que equivale a 47,55% do total. Em segundo lugar está Rondônia com 74, seguido de São Paulo, com 57.

Goiás aparece em quarta posição e recebeu 40 brasileiros. O Pará vem logo em seguida, com o equivalente a 37 pessoas das mais de 600 que voltaram para o Brasil. Outros estados que foram destino, mas não tiveram os números exatos divulgados: Espírito Santo; Rio de Janeiro; Ceará; Paraná; Mato Grosso; Distrito Federal; Santa Catarina.

Já no País, o MDCH aponta que 70,63% dos repatriados pretendem trabalhar, enquanto 19,64% querem conciliar estudo e trabalho. Há também os que desejam se dedicar apenas aos estudos, equivalente a 6,60% do grupo. Sobre a escolaridade, a maioria tem ensino médio completo ou incompleto.

A maioria dos brasileiros repatriados morou por curtos períodos nos EUA, especialmente nos estados do Texas, Massachusetts, Flórida e Nova Jersey. Conforme levantamento divulgado pelo MDHC, 75,70% dessas pessoas trabalhavam mais de 8 horas por dia em situações, às vezes, precarizadas.

Um total de 11,25% disseram não estudar nem trabalhar e 5,12% tinham jornadas inferiores a 8 horas. Já 5,37% conciliavam estudos e trabalho, enquanto 2,56% dedicavam-se exclusivamente a estudar. Sobre o contexto familiar, 38,8% não deixaram parentes nos EUA.

Já 23,16% disseram ter deixado ao menos um familiar e 12,59% relataram que cinco ou mais parentes ficaram no país estrangeiro. (Rogeslane Nunes)

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