O prefeito de Potiretama, Luan Dantas (PP), está preso desde 3 de abril, por suposto envolvimento com organização criminosa. A Polícia Civil do Ceará (PCCE) apontou que o prefeito teria "fortes vínculos" com membros da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
No dia 14 de abril, o TRE-CE decidiu manter Luan no cargo de prefeito, bem como a vice Solange Campelo (PT). Na decisão, a Corte reformou a sentença anterior e decidiu pela aplicação de multa no valor de R$ 5.320 para cada conduta irregular dos políticos.
Contudo, no dia 16 de abril, o juiz Isaac Dantas Bezerra Braga, da Vara Única da Comarca de Alto Santo, rejeitou a denúncia de que o prefeito de Potiretama tenha envolvimento com organização criminosa no caso do incêndio de uma fazenda localizada em Alto Santo. O juiz concluiu que não foram apresentadas provas suficientes para comprovar isso. Contudo, ele aceitou a denúncia sobre o incêndio.
Em 18 de abril, Luan pediu licença da chefia do Executivo municipal. Com isso, a vice Solange Campelo (PT) assumiu como prefeita interina.
Ao O POVO, o advogado de defesa de Luan, Pedro Neto, explicou que o afastamento deve durar "até se resolver a questão na prisão preventiva". Afirma ainda que, "com a tranquilidade dos inocentes, o prefeito recebe a decisão e aguarda que justiça seja restabelecida". "A defesa reata a confiança na Justiça e no reconhecimento da inocência do prefeito do povo", disse, em nota, o advogado Pedro Neto.
Dependendo de como seguir o rito do processo contra prefeito e vice, o município poderá ser submetido à uma eleição suplementar para eleger os substitutos dos gestores.