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MP pede à PF que investigue vereador por suspeita de integrar facção
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MP pede à PF que investigue vereador por suspeita de integrar facção

|Denúncia anônima| Documento aponta R$ 300 mil usados para compra de voto
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Pichação em referência a uma facção criminosa atuante no Ceará. (Foto: Samuel Setubal)
Foto: Samuel Setubal Pichação em referência a uma facção criminosa atuante no Ceará.

O Ministério Público Eleitoral do Ceará, por meio da promotora eleitoral Laura de Figueiredo Uchôa, da 25ª Zona Eleitoral (Granja/Martinópole/Uruoca), determinou a instauração de procedimento administrativo eleitoral para acompanhar investigações a serem realizadas pela Polícia Federal (PF) sobre suposto envolvimento de um vereador de Martinópole, a 308 quilômetros de Fortaleza, com a prática de compra de votos em 2024 e ligação com facção criminosa. A ação do MP Eleitoral é desdobramento de uma denúncia anônima feita ainda no ano passado.

Como não houve abertura de inquérito ou denúncia formal apresentada pelos órgãos competentes, O POVO opta por não divulgar o nome dos citados na denúncia anônima. Além do vereador, uma mulher que teria relação conjugal com o parlamentar é citada como parte a ser investigada em inquérito policial solicitado pelo Ministério Público à PF.

Em documentos presentes no procedimento, o MP destaca que denunciante anônimo alegou, por meio do Disque Denúncia, que o casal seria líder do tráfico de drogas no Município e que ambos são integrantes da facção criminosa Comando Vermelho. Além disso, aponta que o então candidato a vereador teria destinado valores que superam R$ 30 mil para a compra de votos no último pleito, em outubro passado.

O valor é citado no Diário Oficial Eletrônico do MPCE. Entretanto, em documento que resume a denúncia anônima, o valor citado é de R$ 300 mil. Após a denúncia, o MP emitiu ofícios à Polícia Federal, a fim de solicitar a instauração de inquérito para apurar os fatos denunciados, “especialmente, por haver indícios de compra de votos pelo vereador eleito”.

 

Para elucidar os fatos, a promotora eleitoral responsável determinou que o Procedimento Administrativo Eleitoral deverá ser concluído no prazo de seis meses, podendo ser sucessivamente prorrogado pelo mesmo período, por decisão fundamentada; além da expedição de novo ofício à PF para instauração de Inquérito Policial. O encaminhamento foi feito no último dia 16 e publicado no Diário Oficial de 3 de junho.

O POVO entrou em contato com a Câmara Municipal de Martinópole, por meio de telefones cadastrados no site do Legislativo municipal, mas não conseguiu contato. 

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